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Palocci recorre para revogar delações de Baiano e de doleiro

Costa desmentiu Baiano, que alegou ter se reunido com o ex-diretor, em 2010, para discutir detalhes de suposto repasse de R$ 2 milhões à campanha da petista

Palocci: seu advogado ampara a iniciativa na acareação promovida pela PF na quinta-feira passada entre Baiano e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 06h58.

São Paulo - A defesa do ex-ministro Antonio Palocci vai requerer ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal , a revogação da homologação das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef - peça central da Operação Lava Jato - e do lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobras .

A informação foi divulgada pelo criminalista José Roberto Batochio, defensor do ex-ministro.

O advogado ampara sua iniciativa na acareação promovida pela Polícia Federal na quinta-feira passada entre Baiano e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Frente a frente, Costa desmentiu Baiano, que alegou ter se reunido com o ex-diretor no comitê eleitoral de Dilma Rousseff, em 2010, para discutir detalhes de suposto repasse de R$ 2 milhões à campanha da petista.

"O pedido de revogação está sendo elaborado porque, em primeiro lugar, antes de haver a delação premiada, o sr. Alberto Youssef já anunciou que, em razão de um conluio de cela, um ajuste de xadrez, estavam construindo uma nova delação para justificar a contradição que havia entre os relatos do doleiro e Paulo Roberto Costa", disse Batochio.

O criminalista destaca que o próprio Costa, quando acareado com Baiano, lembrou que o doleiro foi à CPI da Petrobras e disse: "Olha, vai haver uma delação premiada e um novo delator vai esclarecer o episódio Palocci".

"Quer dizer que essas delações são construídas no mundo das sombras do cárcere? O que estamos verificando é exatamente que essas contradições ficam cada vez piores. Fazem essas articulações para consertar uma contradição que não pode ser consertada nunca. Porque o que eles disseram é uma grande mentira. O sr. Youssef ajudou a construir essa versão, segundo o próprio termo de acareação (entre Baiano e Paulo Roberto Costa)", afirmou o advogado.

Batochio aponta para um trecho da acareação em que Baiano se confundiu sobre o hotel em que teria se hospedado em Brasília na época do suposto encontro entre ele, Costa e Palocci em 2010.

"Essa história de Fernando Baiano dizer, primeiro, que se hospedou no hotel Meliá e depois dizer que pode ter sido no hotel Naum é um dado objetivo. Isso mostra que a história é absolutamente mentirosa. Quem é mentiroso não pode receber o benefício da delação premiada."

Para ele, "a Justiça não pode aceitar uma delação que pode levar ao descrédito absoluto (da Lava Jato)".

"Independentemente da anulação das delações, o fato é que alguém precisa denunciar essas mentiras. (Palocci) Nunca esteve, nunca recebeu e nunca tratou de qualquer assunto de contribuição de campanha com o sr. Fernando Baiano."

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São Paulo - A defesa do ex-ministro Antonio Palocci vai requerer ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal , a revogação da homologação das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef - peça central da Operação Lava Jato - e do lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobras .

A informação foi divulgada pelo criminalista José Roberto Batochio, defensor do ex-ministro.

O advogado ampara sua iniciativa na acareação promovida pela Polícia Federal na quinta-feira passada entre Baiano e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Frente a frente, Costa desmentiu Baiano, que alegou ter se reunido com o ex-diretor no comitê eleitoral de Dilma Rousseff, em 2010, para discutir detalhes de suposto repasse de R$ 2 milhões à campanha da petista.

"O pedido de revogação está sendo elaborado porque, em primeiro lugar, antes de haver a delação premiada, o sr. Alberto Youssef já anunciou que, em razão de um conluio de cela, um ajuste de xadrez, estavam construindo uma nova delação para justificar a contradição que havia entre os relatos do doleiro e Paulo Roberto Costa", disse Batochio.

O criminalista destaca que o próprio Costa, quando acareado com Baiano, lembrou que o doleiro foi à CPI da Petrobras e disse: "Olha, vai haver uma delação premiada e um novo delator vai esclarecer o episódio Palocci".

"Quer dizer que essas delações são construídas no mundo das sombras do cárcere? O que estamos verificando é exatamente que essas contradições ficam cada vez piores. Fazem essas articulações para consertar uma contradição que não pode ser consertada nunca. Porque o que eles disseram é uma grande mentira. O sr. Youssef ajudou a construir essa versão, segundo o próprio termo de acareação (entre Baiano e Paulo Roberto Costa)", afirmou o advogado.

Batochio aponta para um trecho da acareação em que Baiano se confundiu sobre o hotel em que teria se hospedado em Brasília na época do suposto encontro entre ele, Costa e Palocci em 2010.

"Essa história de Fernando Baiano dizer, primeiro, que se hospedou no hotel Meliá e depois dizer que pode ter sido no hotel Naum é um dado objetivo. Isso mostra que a história é absolutamente mentirosa. Quem é mentiroso não pode receber o benefício da delação premiada."

Para ele, "a Justiça não pode aceitar uma delação que pode levar ao descrédito absoluto (da Lava Jato)".

"Independentemente da anulação das delações, o fato é que alguém precisa denunciar essas mentiras. (Palocci) Nunca esteve, nunca recebeu e nunca tratou de qualquer assunto de contribuição de campanha com o sr. Fernando Baiano."

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