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Palestinos querem fim de relações militares entre Brasil e Israel

Estudo dessas organizações mostram que brasileiros têm intercâmbio de defesa com israelenses que chega a US$ 1 bilhão

Benjamin Netanyahu, premiê israelense: ONGs denunciaram acordo de defesa com Brasil (Uriel Sinai/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2011 às 09h44.

Jerusalém - A ONG palestina Stop the Wall e a campanha civil internacional Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel (BDS) pediram nesta quarta-feira ao Brasil que suspenda a ampla cooperação militar de suas empresas com o Estado judaico.

Segundo um estudo divulgado por essas organizações, o Brasil é o quinto maior importador de armas israelenses, com intercâmbio comercial entre ambos em matéria de defesa que chega a US$ 1 bilhão, e "viola as obrigações legais e os interesses políticos do Brasil".

"O Brasil tem a obrigação de não reconhecer nem apoiar as violações do direito internacional", diz o relatório.

O texto destaca que a estreita colaboração com Israel "viola as obrigações internacionais" do Brasil porque beneficia empresas armamentistas que "colaboram na ocupação ilegal dos territórios palestinos e fornecem armas que são usadas em assassinatos".

As ONGs denunciam a assinatura de um acordo de cooperação em matéria de segurança entre os dois países em novembro de 2010 e o estabelecimento de um escritório das Forças Armadas do Brasil em Tel Aviv em 2003, bem como a mediação de autoridades brasileiras em contatos entre empresas israelenses e Exércitos de outros países latino-americanos.

Entre as empresas israelenses que têm negócios no ramo armamentista com Brasília, as ONGs mencionam Elbit Systems, Israelense Aircraft Industries e Israeli Military Industries.

Sem a exportação de armas, que representa 70% do negócio da indústria armamentista israelense, "Israel não seria capaz de manter a ocupação ou realizar guerras como a do Líbano em 2006 e de Gaza em 2008/9, ambas duramente condenadas pelo Brasil", diz o documento.

As ONG também entendem que a colaboração com a indústria militar israelense "contradiz o apoio do Governo brasileiro à criação de um Estado palestino nas fronteiras de 1967".

Por esses motivos, o comitê nacional do BDS nos territórios palestinos pede ao Governo de Brasília para "não ratificar e cancelar o acordo de cooperação (militar) com Israel, fechar o escritório das Forças Armadas brasileiras em Israel e modificar as regulações de fornecimento do Exército para excluir dos contratos às empresas que violam a legislação internacional".

Elas também pedem que as empresas que violam a legislação internacional sejam proibidas de se estabelecerem no país e que essas companhias "sejam excluídas dos contratos para a organização da Copa do Mundo e das Olimpíadas".

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Jerusalém - A ONG palestina Stop the Wall e a campanha civil internacional Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel (BDS) pediram nesta quarta-feira ao Brasil que suspenda a ampla cooperação militar de suas empresas com o Estado judaico.

Segundo um estudo divulgado por essas organizações, o Brasil é o quinto maior importador de armas israelenses, com intercâmbio comercial entre ambos em matéria de defesa que chega a US$ 1 bilhão, e "viola as obrigações legais e os interesses políticos do Brasil".

"O Brasil tem a obrigação de não reconhecer nem apoiar as violações do direito internacional", diz o relatório.

O texto destaca que a estreita colaboração com Israel "viola as obrigações internacionais" do Brasil porque beneficia empresas armamentistas que "colaboram na ocupação ilegal dos territórios palestinos e fornecem armas que são usadas em assassinatos".

As ONGs denunciam a assinatura de um acordo de cooperação em matéria de segurança entre os dois países em novembro de 2010 e o estabelecimento de um escritório das Forças Armadas do Brasil em Tel Aviv em 2003, bem como a mediação de autoridades brasileiras em contatos entre empresas israelenses e Exércitos de outros países latino-americanos.

Entre as empresas israelenses que têm negócios no ramo armamentista com Brasília, as ONGs mencionam Elbit Systems, Israelense Aircraft Industries e Israeli Military Industries.

Sem a exportação de armas, que representa 70% do negócio da indústria armamentista israelense, "Israel não seria capaz de manter a ocupação ou realizar guerras como a do Líbano em 2006 e de Gaza em 2008/9, ambas duramente condenadas pelo Brasil", diz o documento.

As ONG também entendem que a colaboração com a indústria militar israelense "contradiz o apoio do Governo brasileiro à criação de um Estado palestino nas fronteiras de 1967".

Por esses motivos, o comitê nacional do BDS nos territórios palestinos pede ao Governo de Brasília para "não ratificar e cancelar o acordo de cooperação (militar) com Israel, fechar o escritório das Forças Armadas brasileiras em Israel e modificar as regulações de fornecimento do Exército para excluir dos contratos às empresas que violam a legislação internacional".

Elas também pedem que as empresas que violam a legislação internacional sejam proibidas de se estabelecerem no país e que essas companhias "sejam excluídas dos contratos para a organização da Copa do Mundo e das Olimpíadas".

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