Brasil

Paes exonera secretários e acirra disputa pela vice, que tem Pedro Paulo como favorito

Eduardo Cavaliere e Guilherme Schleder se juntam oficialmente, dentro do prazo legal, a outras opções de 'plano B' para as eleições de outubro

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro (Buda Mendes/Getty Images)

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro (Buda Mendes/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 5 de junho de 2024 às 15h37.

Última atualização em 5 de junho de 2024 às 16h28.

Tudo sobreEleições 2024
Saiba mais

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), oficializou nesta quarta-feira, 5, a exoneração dos secretários da Casa Civil, Eduardo Cavaliere, e de Esportes, Guilherme Schleder. Ambos são do mesmo partido do pré-candidato à reeleição e despontam como opções de vice na chapa caso algum motivo faça Paes desistir de indicar o deputado federal Pedro Paulo, também do PSD e favorito do prefeito para o posto.

Secretários interessados em integrar chapas majoritárias precisam sair dos cargos até quatro meses antes das eleições. Outro que busca acirrar a disputa pela vice de Paes, o PT determinou que seus dois escolhidos para pleitear a vaga – o secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires, e o secretário de assuntos federativos da Presidência, André Ceciliano – deixassem os cargos nesta semana. Pires já teve a exoneração publicada por Paes.

No grupo do prefeito, o movimento do PT foi visto de forma positiva, mesmo que a possibilidade de o partido do presidente Lula conquistar o posto seja considerada muito pequena. O gesto em si, contudo, tira o foco da disputa interna entre aliados do núcleo duro de Paes. Além dos secretários municipais, outra alternativa a Pedro Paulo é o presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado (PSD).

Aos postulantes, o prefeito não nega a preferência por Pedro, seu principal parceiro na política, mas afirma que não pode deixar apenas uma opção aberta. Além da pressão política, há a avaliação de que o deputado precisará tomar decisões pessoais para encarar a disputa, sobretudo por causa do episódio que o prejudicou na eleição de 2016, quando veio à tona o processo de violência doméstica aberto pela ex-mulher – que foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas permaneceu forte como fato político.

O entorno do prefeito ainda calcula quão prejudicial o caso pode ser para a campanha. Na esquerda, por exemplo, a tendência é que o engajamento de partidos como o PT fique minguado caso o vice seja Pedro. Dirigentes petistas, inclusive, temem que quadros da sigla e a militância abracem de forma extraoficial a candidatura de Tarcísio Motta (PSOL), cujos votos podem ser decisivos para Paes resolver ou não a eleição logo no primeiro turno.

O prazo para a definição da chapa é 5 de agosto, data final para a realização de convenções partidárias. O prefeito tende a esperar mais um pouco antes de decidir o vice, mas aliados avaliam que é possível que uma decisão seja tomada ainda no início de julho.

Acompanhe tudo sobre:Rio de JaneiroEduardo PaesEleições 2024

Mais de Brasil

Lira encerra mandato na presidência da Câmara e diz que não terá problemas em voltar a ser deputado

Veja como votou cada deputado na proposta do pacote de corte de gastos

TSE forma maioria para rejeitar candidatura de suspeito de envolvimento com milícia

Fim do DPVAT? Entenda o que foi aprovada na Câmara e o que acontece agora