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Pacheco e Marinho disputam voto a voto a presidência do Senado nesta quarta-feira

Disputa entre candidatos governista e bolsonarista está acirrada; Pacheco precisa de 41 votos para ser reeleito

Plenário do Senado: eleição para presidência será em 1º de fevereiro (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Plenário do Senado: eleição para presidência será em 1º de fevereiro (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 31 de janeiro de 2023 às 22h32.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2023 às 14h31.

A presidência do Senado pelos próximos dois anos será definida voto a voto nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, em uma eleição que será determinada por traições e votos de indecisos. Anúncios feitos às vésperas do pleito apontam que a disputa está acirrada entre o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o senador bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN).

Aliados de Pacheco acreditam ter pelo menos 50 votos garantidos, mais do que os 41 necessários para a reeleição. O número, no entanto, esbarra nos cálculos de parlamentares próximos de Marinho. O principal adversário do atual presidente do Senado também diz ter o suficiente para vencer no primeiro turno.

Em tese, Pacheco conta com o apoio de toda a base do governo Lula e da maior parte das legendas de centro. No papel, o atual presidente do Senado teria os votos de partidos como PT, MDB, PDT, PSB, PSD, Cidadania e Rede, além do engajamento de ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como Flávio Dino (Justiça) e Renan Filho (Transportes).

Mas, como a votação é secreta, é impossível garantir que todos os senadores votarão de acordo com a orientação das bancadas. Principal representante da oposição, Marinho tem formalmente o apoio do PP, do PL e do Republicanos, os três partidos que lançaram a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro à reeleição. Na urna, porém, ele espera ter muito mais do que os 23 votos de senadores dessas legendas.

Sinalizações importantes nesse sentido foram feitas nos últimos dias. Nesta terça-feira, 31, senadores do PSDB, do União Brasil e até do PSD, partido de Pacheco, anunciaram ou sinalizaram que votarão no candidato bolsonarista. Mesmo com o apoio formal da bancada do MDB ao atual presidente, reforçado nesta terça-feira, Marinho também espera votos de emedebistas.

Além disso, os votos do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que também concorrerá à presidência do Senado, devem migrar para Marinho, caso a disputa vá para o segundo turno. Embora se coloque como uma espécie de “terceira via” na eleição, Girão atuou nos últimos anos junto com bolsonaristas e é considerado um aliado do ex-presidente. 

Caso nenhum candidato consiga os 41 votos necessários para ser eleito em primeiro turno, os dois mais votados vão para o segundo turno. Até hoje, todas as eleições para a presidência do Senado foram decididas em um só turno. Em 2021, Pacheco venceu a eleição com 57 votos, com o apoio do então presidente Bolsonaro, derrotando a atual ministra Simone Tebet (MDB).

A votação deve começar às 16h, no plenário do Senado, após a posse dos 27 senadores eleitos em outubro. Os votos serão registrados em cédulas de papel, depositadas em uma urna, e contados logo em seguida. 

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