Operação Purificação prende policiais acusados de corrupção
Policiais de nove batalhões e supostos integrantes do tráfico foram acusados pela operação
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 21h39.
Rio de Janeiro - Cinquenta e nove policiais foram presos nesta terça-feira em uma operação da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, com apoio da Polícia Federal e do Ministério Público estadual, contra um grupo de policiais acusados de receber propina do tráfico de drogas para não coibir atividades criminosas em favelas de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
A operação, denominada "Purificação", foi desencadeada após um ano de investigação para cumprir 83 mandados de prisão, sendo 65 policiais militares e 18 supostos integrantes da principal facção do tráfico de drogas do Estado, de acordo com a Secretaria de Segurança. Onze supostos traficantes foram presos.
Entre os acusados estão policiais militares de nove batalhões que à época do início das investigações estavam todos no batalhão de Duque de Caxias, informou a secretaria.
"Não podemos aceitar policiais corruptos dentro da corporação. Temos que bani-los", disse o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, a jornalistas.
"É importante cortar na própria carne, para a instituição buscar legimitimidade junto à sociedade. A PM pode cortar na própria carne e não precisa ficar esperando alguém fazer. Não é um luta da instituição A ou B. É a luta do bem contra o mal." "Trabalhos dessa natureza vão continuar acontecendo dentro da polícia do Rio de Janeiro", completou o secretário.
De acordo com as investigações, os policiais cometiam vários tipos de crimes no exercício da profissão. Além da cobrança de propina dos traficantes para permitir a livre ação do tráfico, eles são acusados de sequestrar parentes de traficantes e os próprios traficantes para cobrança de resgate.
As investigações revelaram ainda que os policiais presos faziam apreensões de armas, drogas, munições e carregamentos e exigiam dos traficantes compensações financeiras em troca das cargas.
"O PM tem que ter a certeza que acabou a corrupção. Nós não vamos mais aceitar sermos humilhados por desvio de conduta praticados por alguns policiais", disse o comandante da Polícia Militar do Rio, Erir Ribeiro, acrescentando que a intenção é "limpar a instituição dos maus policiais".
A polícia informou que também foi preso um homem suspeito de ser responsável pela ligação entre a quadrilha e os policiais militares da região de Duque de Caxias, junto com outros integrantes do bando dele que fariam os pagamentos aos policiais.
Os detidos foram denunciados pelos crimes de formação de quadrilha armada, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, corrupção passiva e extorsão mediante sequestro.
A "Operação Purificação" foi formada pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança, pela Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio e pela Polícia Federal.
A ação foi deflagrada no mesmo dia do julgamento de um dos 11 policiais militares acusados de executar com mais de 20 tiros no ano passado a juíza Patrícia Acioli, que atuou em diversos processos em que os réus eram policiais militares acusados de envolvimento com milícias na região de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
O cabo Sérgio Costa Júnior, réu confesso e que colaborou com as investigações, começou a ser julgado no 3o Tribunal do Júri de Niterói, enquanto os demais 10 acusado serão julgados em breve.
Rio de Janeiro - Cinquenta e nove policiais foram presos nesta terça-feira em uma operação da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, com apoio da Polícia Federal e do Ministério Público estadual, contra um grupo de policiais acusados de receber propina do tráfico de drogas para não coibir atividades criminosas em favelas de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
A operação, denominada "Purificação", foi desencadeada após um ano de investigação para cumprir 83 mandados de prisão, sendo 65 policiais militares e 18 supostos integrantes da principal facção do tráfico de drogas do Estado, de acordo com a Secretaria de Segurança. Onze supostos traficantes foram presos.
Entre os acusados estão policiais militares de nove batalhões que à época do início das investigações estavam todos no batalhão de Duque de Caxias, informou a secretaria.
"Não podemos aceitar policiais corruptos dentro da corporação. Temos que bani-los", disse o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, a jornalistas.
"É importante cortar na própria carne, para a instituição buscar legimitimidade junto à sociedade. A PM pode cortar na própria carne e não precisa ficar esperando alguém fazer. Não é um luta da instituição A ou B. É a luta do bem contra o mal." "Trabalhos dessa natureza vão continuar acontecendo dentro da polícia do Rio de Janeiro", completou o secretário.
De acordo com as investigações, os policiais cometiam vários tipos de crimes no exercício da profissão. Além da cobrança de propina dos traficantes para permitir a livre ação do tráfico, eles são acusados de sequestrar parentes de traficantes e os próprios traficantes para cobrança de resgate.
As investigações revelaram ainda que os policiais presos faziam apreensões de armas, drogas, munições e carregamentos e exigiam dos traficantes compensações financeiras em troca das cargas.
"O PM tem que ter a certeza que acabou a corrupção. Nós não vamos mais aceitar sermos humilhados por desvio de conduta praticados por alguns policiais", disse o comandante da Polícia Militar do Rio, Erir Ribeiro, acrescentando que a intenção é "limpar a instituição dos maus policiais".
A polícia informou que também foi preso um homem suspeito de ser responsável pela ligação entre a quadrilha e os policiais militares da região de Duque de Caxias, junto com outros integrantes do bando dele que fariam os pagamentos aos policiais.
Os detidos foram denunciados pelos crimes de formação de quadrilha armada, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, corrupção passiva e extorsão mediante sequestro.
A "Operação Purificação" foi formada pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança, pela Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio e pela Polícia Federal.
A ação foi deflagrada no mesmo dia do julgamento de um dos 11 policiais militares acusados de executar com mais de 20 tiros no ano passado a juíza Patrícia Acioli, que atuou em diversos processos em que os réus eram policiais militares acusados de envolvimento com milícias na região de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
O cabo Sérgio Costa Júnior, réu confesso e que colaborou com as investigações, começou a ser julgado no 3o Tribunal do Júri de Niterói, enquanto os demais 10 acusado serão julgados em breve.