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Óleo em praias é caso de poluição sem precedente, diz Ricardo Salles

Salles reiterou que o governo federal tem tomado todas as medidas necessárias à identificação do óleo e sua origem, ainda não determinada

Salles: ministro havia afirmado que óleo era venezuelano (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 19h35.

O ministro do Meio Ambiente , Ricardo Salles, afirmou nesta quarta-feira (16) que as manchas de óleo nas praias do Nordeste são um caso de poluição "sem precedente" no país e de origem ainda desconhecida.

"O problema é que é um caso sem precedentes, e a origem do óleo é desconhecida. Já se sabe que o óleo não é brasileiro, que tem provavelmente origem venezuelana, mas não se sabe como ele vazou para o litoral brasileiro. Isso dificulta, portanto, medidas de contenção. Aquelas medidas de contenção que podem ser pertinentes nos casos de determinado acidente, conhecida a origem, não são necessariamente pertinentes num caso de poluição difusa como estamos vendo aqui", afirmou o ministro, em Salvador, após sobrevoo no litoral da Bahia.

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Salles reiterou que o governo federal tem tomado todas as medidas necessárias à identificação do óleo e sua origem, além do recolhimento e destinação do produto desde o início de setembro.

"Com relação ao monitoramento especificamente, nós utilizamos satélites, não só brasileiros, mas também estrangeiros. Temos utilizado aeronave do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], com um sistema de radar. Essa aeronave percorreu e vem percorrendo todo o litoral brasileiro, sem detecção desse óleo, que vem por baixo da superfície. Ele vem de um sistema subsuperficial, está abaixo do sistema de visualização por radar", disse o ministro.

Salles acrescentou que, pelas características do material que está se deslocando, não se consegue avistá-lo por cima. "Ele só aparece, só se tem notícia de onde ele está, na hora em que ele está bem próximo à praia."

Resíduos

A Petrobras informou que, desde 12 de setembro, já retirou das praias do Nordeste mais de 200 toneladas de resíduos de óleo. Os resíduos são uma mistura de óleo e areia e foram recolhidos por cerca de 1,7 mil agentes ambientais.

O Ibama também participa desse trabalho, e os custos das atividades de limpeza serão ressarcidos. O instituto é o responsável pelas decisões na operação, enquanto a estatal dá apoio técnico e implementa as estratégias.

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