O que motivou o primeiro racha do PSB com Marina candidata
Nesta quinta-feira, o secretário-geral do PSB e coordenador da campanha de Eduardo Campos rompeu com Marina Silva. "Ela que vá mandar na rede dela", disse Carlos Siqueira
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2014 às 16h29.
São Paulo - Marina Silva está há apenas um dia como candidata oficial do PSB à presidência da República, mas já enfrenta uma crise em sua campanha.
Na manhã desta quinta-feira, Carlos Siqueira, que era o coordenador da campanha de Eduardo Campos anunciou que rompeu com a agora candidata. Ele se mantém no cargo de secretário-geral do partido.
Siqueira abandonou uma reunião com os partidos da coligação que analisava o lançamento da candidatura de Marina Silva com o deputado federal Beto Albuquerque como vice.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, CarlosSiqueira saiu no meio da reunião e disse a jornalistas que a candidata não representa o legado de Eduardo Campos e estaria tentando se apropriar do PSB.
"Ela que vá mandar na Rede dela, porque no PSB mandamos nós", disse.
O problema todo teria ocorrido porqueMarina indicou duas pessoas de sua confiança para postos da coordenação da campanha - um deles, para trabalhar em dupla com Siqueira.
Marina colocou o deputado Walter Feldman para trabalhar na coordenação-geral da campanha ao lado de Siqueira - que não gostou muito da mudança.
Bazileu Margarido - que antes trabalhava em dupla com Siqueira - foi para o comitê financeiro como titular ao lado de Henrique Costa, como adjunto.
À Folha, o agora ex-coordenador disse que deixou o cargo pela "maneira grosseira" com que foi tratado por Marina Silva.
Integrantes do PSB afirmaram à Folha que Marina teria "demitido" Siqueira.
"Na reunião [de quarta-feira (20)] ela foi muito deselegante comigo. Eu disse que não aceitaria aquilo e afirmei: 'a senhora está cortada das minhas relações pessoais", disse.