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O que fazem 7 ex-ministros que Palocci chamou de valorizados

Antonio Palocci disse que "a passagem por Ministério da Fazenda, BNDES ou BC proporciona uma experiência única que dá enorme valor a estes profissionais no mercado"

Palocci cita 7 ex-integrantes de governo para justificar patrimônio (Janine Moraes/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 14h11.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h33.

São Paulo - Para se defender da acusação de ter elevado em 20 vezes o seu patrimônio em um período de quatro anos, de 2006 a 2010, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, disse que trabalhar no governo valoriza a carreira das pessoas. "No mercado de capitais e em outros setores, a passagem por Ministério da Fazenda, BNDES ou Banco Central proporciona uma experiência única que dá enorme valor a estes profissionais no mercado", afirmou Palocci. O homem-forte do governo Dilma citou nominalmente sete pessoas que ocuparam cargos públicos. "Muitos se tornaram em poucos anos banqueiros, como os ex-presidentes do BC e BNDES Pérsio Arida e André Lara Rezende, diretores de instituições financeiras, como o ex-ministro Pedro Malan, ou consultores de prestígio, como ex-ministro Maílson da Nóbrega." E completou: "Muitos ministros importantes também fizeram o percurso inverso, vieram do setor privado para o governo, tomando as precauções devidas para evitar conflitos de interesse, como o ex-ministro Alcides Tápias, ex-diretor de importante instituição financeira, os ex-presidentes do BC Armínio Fraga, antes gestor de um grande fundo de investimentos internacional, e Henrique Meirelles, com longa trajetória no mercado financeiro." EXAME.com fez um levantamento e mostra o que fazem da vida os sete "ex-governo" citados por Antonio Palocci.
  • 2. Armínio Fraga é presidente do Conselho da Bovespa

    2 /8(Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

  • Veja também

    São Paulo - O economista Armínio Fraga teve sólida carreira na iniciativa privada antes de sua passagem no governo como presidente do Banco Central durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (de 1999 a 2002). Foi diretor-gerente da Soros Fund Management LLC em Nova York no período de 1993 a 1998. Exatamente por trabalhar para o megainvestidor Geroge Soros, sua indicação para o Banco Central foi muito criticada pela oposição, que afirmou na época que "a raposa iria tomar conta do galinheiro". Fraga também trabalhou na Salomon Brothers, em Nova York, e no Banco de Investimentos Garantia, no Brasil. Foi ainda diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central.  Após sua passagem pela presidência do Banco Central, fundou a gestora de recursos Gávea Investimentos, que foi vendida em 2010 para o Highbridge Capital Management, braço de gestão de fundos alternativos do gigante americano JPMorgan. Pelo acordo, ele permanece na empresa até 2015.  Foi membro do conselho de administração do Unibanco e atualmente exerce a função de presidente do Conselho de Administração da BMF&Bovespa.
  • 3. Alcides Tápias tem uma consultoria

    3 /8(Heudes Regis/EXAME)

  • São Paulo - Formado em Administração e Direito, Alcides Tápias foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior entre 1999 e 2001, durante parte do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. Entrou no Bradesco em 1957 como contínuo e fez carreira até chegar à vice-presidência da instituição. De 1991 a 1994, foi presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e membro do Conselho Monetário Nacional. Entre 1996 e 1999, presidiu o grupo Camargo Corrêa. Após passagem pelo governo, Alcides Tápias fundou a Aggrego Consultores com foco em três áreas: mercado financeiro, previdência privada e reestruturação. É membro do Conselho de Administração do Itaú Unibanco, da Duratex, da LPS Brasil - Consultoria de Imóveis, do Rodobens Negócios Imobiliários, da Santos Brasil, da Tigre - Tubos e Conexões e membro dos Conselhos Consultivos da Spread Informática e da Cimentos Liz. É presidente do Conselho Deliberativo do Museu de Arte Moderna (MAM).
  • 4. Após Fazenda, Pedro Malan foi para a iniciativa privada

    4 /8(Bia Parreiras/EXAME)

    São Paulo -  O engenheiro eletricista e economista Pedro Malan é considerado um dos arquitetos do Plano Real. Foi ministro da Fazenda durante os dois mandatos do presidente Fernando Henrioque Cardoso (1995 a 2002) e presidente do Banco Central no governo Itamar Franco (1993 a 1994). No mandato de Fernando Collor de Mello, foi o responsável pela negociação da dívida externa brasileira. Malan está na iniciativa privada desde então. Exerceu o cargo de presidente do Conselho de Administração do Unibanco entre 2004 e 2005 e atualmente participa dos conselhos administrativos da Globex-Ponto Frio, da EDP no Brasil, da OGX e do conselho consultivo da Alcoa.
  • 5. Persio Arida está no BTG Pactual

    5 /8(Bia Parreiras/EXAME)

    São Paulo - O economista Persio Arida teve uma rápida passagem pelo Banco Central no começo do governo Fernando Henrique Cardoso (de janeiro a junho de 1995). Antes, foi presidente do BNDES de 1993 a 1995, e um dos idealizadores do Plano Cruzado (1986) durante o governo de José Sarney. Em 1994, participou da elaboração do Plano Real. Além disso, foi conselheiro do Banco Central em 1986 e trabalhou no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão de 1985 a 1986. Persio integrou o Conselho de Administração do Banco Itaú de 2001 a 2008. Fez uma sociedade com o banqueiro Daniel Dantas no Banco Opportunity e, em 2008, fundou o BTG junto com André Esteves. No ano seguinte, o BTG comprou o Pactual, se tornando o maior banco de investimentos independente baseado em mercados emergentes.
  • 6. André Lara Resende é membro do Conselho da Gerdau

    6 /8(Paulo Jares)

    São Paulo - O economista André Lara Resende presidiu o BNDES entre abril e novembro de 1998, no final do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso. Para isso, deixou o posto de sócio-diretor do Banco Matrix. Foi também assessor especial da Presidência da República, diretor do Banco Central, negociador chefe da dívida externa e um dos integrantes da equipe econômica que elaborou o Plano Real.   Antes, ao lado de Persio Arida, Edmar Bacha, João Sayad e Dilson Funaro, entre outros, arquitetou o Plano Cruzado, durante o governo de José Sarney (1986). Foi diretor-presidente da companhia Siderúrgica Tubarão, vice-presidente executivo do Unibanco, sócio-diretor do Banco Garantia e diretor da Dívida Pública e Mercado Aberto do Banco Central. É membro do Conselho de Administração do Grupo Gerdau desde 2002.
  • 7. Maílson da Nóbrega tem uma consultoria econômica

    7 /8(VEJA)

    São Paulo - O economista Maílson da Nóbrega foi ministro da Fazenda no governo Sarney, entre janeiro de 1988 e março de 1989, após carreira no Banco do Brasil e na administração direta do governo federal. Desde então, trabalha na iniciativa privada como consultor. É sócio-diretor da Tendências Consultoria Integrada, uma das maiores do país.
  • 8. Henrique Meirelles permanece no setor público

    8 /8(Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

    São Paulo - O engenheiro civil Henrique Meirelles ocupou a presidência do Banco Central do Brasil durante os oito anos do governo Lula (2003 a 2010), um recorde na função. Em 2002, tinha sido eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás, mas não chegou a assumir o mandato. Foi um dos nomes cotados para ser o candidato à vice na chapa de Dilma Rousseff, mas o PMDB - partido ao qual é filiado - preferiu Michel Temer.  Antes da vida pública, construiu sua carreira no mercado financeiro. Em 1974, ingressou no BankBoston, onde se tornaria presidente 10 anos depois.  Atualmente, é o presidente da Autoridade Pública Olímpica, órgão responsável pela coordenação dos investimentos para a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.
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