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O Brasil não encontrou a fórmula para promover o seu turismo, diz André Jordan

De origem polonesa, Jordan é conhecido como pai do turismo português — apesar de nunca ter atuado como operador de turismo, mas como desbravador de investimentos imobiliários

André Jordan: chairman do André Jordan Group. (UM BRASIL/Divulgação)
UM BRASIL

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Publicado em 22 de maio de 2023 às 16h35.

Apesar das críticas internas quanto a Portugal estar se tornando um local com forte presença de estrangeiros, a nação encontrou uma identidade própria reconhecida mundo afora: um destino turístico, com grande valor e estima por visitantes internacionais, que, em vez de desperdiçar esforços tentando copiar e mimetizar outros pontos muito visitados no mundo, valoriza aquilo que há de mais caro para sua população, a própria cultura.

“O estrangeiro respeita o que é Portugal e vem por ser como é, não para mudar o país; eles reconhecem os valores humanos dos portugueses”, defende André Jordan, chairman do André Jordan Group, em entrevista ao Canal UM BRASIL, uma realização FecomercioSP.

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Conhecido como pai do turismo português — apesar de nunca ter atuado como operador de turismo, mas como desbravador de investimentos imobiliários —, Jordan explica que o reconhecimento ocorre pelo potencial turístico que conseguiu enxergar e disseminar no país ao longo de várias décadas, absorvendo todas as qualidades necessárias para que se tornasse uma potência no setor.

“Os portugueses têm um ‘complexo’ de que não eram Las Vegas [nos Estados Unidos] e lugares semelhantes, mas tinham qualidades que me atraíram: comportamento, bom serviço, respeito humano, tranquilidade e boa comida. O que eu fiz foi convencer os portugueses sobre o valor de suas virtudes, o valor do que tinham de bom, da simplicidade”, ressalta. “Somente agora eles entendem que os estrangeiros querem pagar para viver como portugueses.”

Investimento do setor privado

Na conversa, Jordan lembra que, além da precariedade da infraestrutura turística portuguesa, havia, no passado, até mesmo uma lacuna para a capacitação de pessoal. Os empreendimentos tiveram de ser totalmente financiados pelo setor privado para que pudessem sair do papel.

“Todo o setor de turismo, ou mesmo o imobiliário, não tiveram apoio do Estado”, lembra. Segundo o chairman, o Brasil ainda precisa se empenhar mais para ter o reconhecimento mais disseminado de local turístico.

“No momento de expansão dos grandes lucros no turismo, o setor de aviação tinha um domínio tão grande que não se permitiu avanço. O momento de recebimento de grandes lucros e turistas não ocorreu no Brasil, tampouco havia tradição hoteleira, e o país continua muito fraco nisso, em grande medida. Até agora, o Brasil não encontrou a fórmula para promover o seu turismo”, conclui Jordan.

Veja a entrevista na íntegra

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