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Visita do papa é marcada por "tensões e erros", diz NYT

O artigo do jornal americano traz o depoimento de um advogado criticando o governador do Rio e questionando se o estado tem condições de receber um evento de grande porte


	Papa Francisco desfila em papamóvel pelo centro do Rio de Janeiro, em 22 de julho
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Papa Francisco desfila em papamóvel pelo centro do Rio de Janeiro, em 22 de julho (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h53.

São Paulo - O jornal norte-americano The New York Times publicou na edição desta quinta-feira reportagem afirmando que a visita do papa Francisco ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) tem sido marcada por "tensões e erros cometidos pelos organizadores brasileiros (da viagem)" e protestos contra o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB).

Intitulada "Erros por parte do Brasil prejudicam visita do papa", o artigo lembra que as dificuldades em relação à estadia de Francisco começaram na chegada à capital fluminense, na segunda-feira, quando ele ficou preso num engarrafamento no centro, expondo-o "a uma multidão de pessoas".

Além de relatar a agenda do papa nesta quarta-feira, 24, quando passou por Aparecida, no Vale do Paraíba (SP), e visitou a ala de dependentes químicos de um hospital do Rio, a reportagem lembra a falha no sistema metroviário na terça-feira, 23, que parou trens por duas horas, e dá destaque a protesto que acabou em confronto entre manifestantes e policiais no Largo do Machado, com troca de acusações dos dois lados em relação a quem começou o ataque.

O artigo do NYT traz o depoimento de um advogado criticando o governador do Rio e questionando se o Estado tem condições de receber um evento de grande porte, além de afirmar que "há uma torneira de dinheiro entrando (na capital), mas ele é mal administrado".

Um manifestante ouvido pelo jornal comparou o papa com quem foi às ruas protestar contra Cabral. "Ele é revolucionário como nós." O NYT também ouviu o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PMDB), que disse que "qualquer explicação (quanto a erros) parece desnecessária e inútil neste momento". "O que precisamos fazer é pedir desculpas", disse, afirmando a intenção de fazer a visita "o mais tranquilo possível".

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