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Nunes nega resistência na Câmara Municipal, mas fala em colocar na mesa garantias sobre Sabesp

Projeto de lei que autoriza a privatização da empresa foi aprovado nesta semana na Alesp

Sabesp: privatização foi legalizada nesta semana na Alesp (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket /Getty Images)

Sabesp: privatização foi legalizada nesta semana na Alesp (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket /Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 8 de dezembro de 2023 às 17h11.

Última atualização em 8 de dezembro de 2023 às 17h30.

Mesmo com o avanço do projeto de lei (PL) que prevê a privatização da Sabesp, o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ainda pode ter mais um campo de batalha para garantir o sucesso da desestatização da empresa.

Na Câmara Municipal de São Paulo, cidade que representa 45% do faturamento da companhia, lideranças têm reclamado da pouca participação no processo, e sinalizado a possibilidade de romper contrato com a empresa caso ela seja, de fato, privatizada.

No período da tarde desta sexta-feira, em entrevista à CNN Brasil, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), negou que exista uma resistência dos vereadores ao processo, mas falou em "premissas para se avançar na privatização".

De acordo com o dirigente municipal, a capital quer a garantia de que serão mantidos os repasses de 7,5% de faturamento da companhia ao Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura (FMSAI), "e que os 13% do faturamento seja feito de investimento na cidade".

Somado a esses dois mecanismos, prefeito também defendeu que é necessário a antecipação de investimentos. "Que é o mais importante para a cidade de São Paulo universalizar o saneamento", disse.

Nunes, que vai tentar a reeleição no ano que vem, disse não ser contra a privatização, mas falou na oportunidade de "sentar à mesa e colocar as nossas condições".

Mesmo que o prefeito tenha declarado a ausência de resistência na Câmara Municipal, o presidente da Casa, Milton Leite (União Brasil), criticou pontos da privatização. "Nós não vamos abrir mão dos direitos da cidade de São Paulo", disse o líder a jornalistas na semana passada.

Em um movimento para sinalizar essa insatisfação, vereadores incluíram uma rubrica no Orçamento da cidade para 2024 que prevê a criação de uma empresa municipal de água e coleta de esgoto que poderia substituir a Sabesp.

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