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Novos protestos convocados no Brasil

O movimento Passe Livre de São Paulo, que deu início às manifestações, anunciou em sua página "grandes ações" para a próxima semana na periferia da metrópole

Tropa de choque entram em confronto com manifestantes durante protestos próximos ao estádio Fonte Nova, em Salvador, antes da partida entre Nigéria e Uruguai pela Copa das Confederações (Kai Pfaffenbach/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2013 às 11h19.

O movimento de protesto por melhores serviços públicos e contra a corrupção, apoiado por três quartos da população brasileira, perdeu um pouco de sua intensidade ao longo deste fim de semana, mas promete voltar com força e lança a ideia de uma greve geral em 1º de julho.

"Em 01/07/2013 o Brasil vai parar", diz um aviso publicado em uma página de Facebook, principal canal para a convocação das manifestações.

O movimento Passe Livre de São Paulo, que deu início às manifestações, anunciou em sua página "grandes ações" para a próxima semana na periferia da metrópole.

Após as manifestações históricas de quinta-feira, que reuniram mais de 1 milhão de pessoas nas ruas de todo o país, dos quais 300 mil no Rio de Janeiro, o movimento se espalhou para cidades menores. A tendência são protestos focados em um tema de cada vez ao longo dos próximos dias, anunciaram as redes sociais, em antecipação a greve geral.

Neste domingo, um novo protesto foi convocado no Rio de Janeiro, às 16h00 na praia de Copacabana, sob o slogan "Dia do Basta", contra a PEC37, o projeto de reforma constitucional que limita o poder de investigação pelo Ministério Público e que, de acordo com os manifestantes, facilita a impunidade dos corruptos.

Por medo de possíveis atos de vandalismo, como os registrados na última semana, o shopping RioSul decidiu fechar suas portas.

No Leblon, quarenta manifestantes acampados desde sexta-feira em frente à residência do governador Sérgio Cabral, protestam contra a corrupção. Eles afirmam que só deixarão o local "quando o governador aparecer."

Também neste domingo, uma manifestação está prevista em São Bernardo do Campo (SP) e em Fortaleza, durante a partida da Copa das Confederações entre Espanha e Nigéria.

No sábado, novos protestos foram realizados em mais de cem cidades, apesar do discurso conciliatório da presidente Dilma Rousseff, que prometeu atender as demandas e anunciou um acordo com as autoridades regionais para melhorar os serviços públicos.

A maior manifestação de sábado ocorreu em Belo Horizonte, onde 70.000 pessoas se reuniram nas proximidades do estádio do Mineirão durante a partida entre Japão e México (1-2).

Quinze pessoas ficaram feridas, incluindo cinco policiais, quando os manifestantes tentaram forçar o perímetro de segurança do estádio.

Segundo a polícia, 22 pessoas foram detidas por vandalismo.

Apesar de numerosos, os protestos foram menores do que na quinta-feira, quando mais de um milhão de pessoas saíram às ruas de várias cidades do Brasil.

Cerca de 75% dos brasileiros apoiam este movimento histórico de contestação, de acordo com a primeira pesquisa publicada no sábado sobre a crise no Brasil.

O preço e a má qualidade dos transportes públicos superou as razões de insatisfação da população (77%), seguido pela classe política (47%) e corrupção (33%).

Mas o coração dos brasileiros balança entre essas críticas e o amor pelo futebol. Entre os entrevistados, 67% aprovam a organização da Copa do Mundo.

A onda de manifestações no Brasil chegou a Hollywood: o ator americano Brad Pitt adiou sua visita ao Rio de Janeiro para promover seu novo filme "World War Z".

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O movimento de protesto por melhores serviços públicos e contra a corrupção, apoiado por três quartos da população brasileira, perdeu um pouco de sua intensidade ao longo deste fim de semana, mas promete voltar com força e lança a ideia de uma greve geral em 1º de julho.

"Em 01/07/2013 o Brasil vai parar", diz um aviso publicado em uma página de Facebook, principal canal para a convocação das manifestações.

O movimento Passe Livre de São Paulo, que deu início às manifestações, anunciou em sua página "grandes ações" para a próxima semana na periferia da metrópole.

Após as manifestações históricas de quinta-feira, que reuniram mais de 1 milhão de pessoas nas ruas de todo o país, dos quais 300 mil no Rio de Janeiro, o movimento se espalhou para cidades menores. A tendência são protestos focados em um tema de cada vez ao longo dos próximos dias, anunciaram as redes sociais, em antecipação a greve geral.

Neste domingo, um novo protesto foi convocado no Rio de Janeiro, às 16h00 na praia de Copacabana, sob o slogan "Dia do Basta", contra a PEC37, o projeto de reforma constitucional que limita o poder de investigação pelo Ministério Público e que, de acordo com os manifestantes, facilita a impunidade dos corruptos.

Por medo de possíveis atos de vandalismo, como os registrados na última semana, o shopping RioSul decidiu fechar suas portas.

No Leblon, quarenta manifestantes acampados desde sexta-feira em frente à residência do governador Sérgio Cabral, protestam contra a corrupção. Eles afirmam que só deixarão o local "quando o governador aparecer."

Também neste domingo, uma manifestação está prevista em São Bernardo do Campo (SP) e em Fortaleza, durante a partida da Copa das Confederações entre Espanha e Nigéria.

No sábado, novos protestos foram realizados em mais de cem cidades, apesar do discurso conciliatório da presidente Dilma Rousseff, que prometeu atender as demandas e anunciou um acordo com as autoridades regionais para melhorar os serviços públicos.

A maior manifestação de sábado ocorreu em Belo Horizonte, onde 70.000 pessoas se reuniram nas proximidades do estádio do Mineirão durante a partida entre Japão e México (1-2).

Quinze pessoas ficaram feridas, incluindo cinco policiais, quando os manifestantes tentaram forçar o perímetro de segurança do estádio.

Segundo a polícia, 22 pessoas foram detidas por vandalismo.

Apesar de numerosos, os protestos foram menores do que na quinta-feira, quando mais de um milhão de pessoas saíram às ruas de várias cidades do Brasil.

Cerca de 75% dos brasileiros apoiam este movimento histórico de contestação, de acordo com a primeira pesquisa publicada no sábado sobre a crise no Brasil.

O preço e a má qualidade dos transportes públicos superou as razões de insatisfação da população (77%), seguido pela classe política (47%) e corrupção (33%).

Mas o coração dos brasileiros balança entre essas críticas e o amor pelo futebol. Entre os entrevistados, 67% aprovam a organização da Copa do Mundo.

A onda de manifestações no Brasil chegou a Hollywood: o ator americano Brad Pitt adiou sua visita ao Rio de Janeiro para promover seu novo filme "World War Z".

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