Novas estações fazem linha de metrô da Paulista ter 50 mil viagens a mais
A nova Linha 5 abriu mais opções de conexão para os passageiros que circulam pela rede
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de outubro de 2018 às 09h28.
Última atualização em 23 de outubro de 2018 às 09h28.
São Paulo - A Linha 2-Verde da Companhia do Metropolitano de São Paulo ( Metrô ) passou a ter 50 mil viagens diárias a mais após o início da operação em horário comercial das novas estações da Linha 5-Lilás. O número saltou de uma média de 701 mil, nos dias úteis de agosto, para de 750 mil a 753 mil, na semana passada.
O aumento de usuários no ramal já era esperado pelos engenheiros da empresa e por especialistas. O motivo é que a nova Linha 5 abriu mais opções de conexão para os passageiros que circulam pela rede, sobretudo da zona sul. Antes, muitos tinham como única forma de conexão um circuito de baldeações que incluía a Linha 5-Lilás até Santo Amaro, a Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Estação Pinheiros da Linha 4-amarela.
Agora, há possibilidade de o usuário fazer conexões diretas entre a zona sul e as Linhas 1-Azul e 2-Verde, nas Estações Santa Cruz e Chácara Klabin. Essas paradas, pelos dados da companhia, tiveram aumento ainda maior do número de usuários. Na Santa Cruz, na semana passada, a média foi de 108 mil passageiros por dia, ante média anterior de 63 mil nos dias úteis.
Na Chácara Klabin, que até setembro era a estação mais vazia de toda a rede metroferroviária, o número foi multiplicado por seis: o total de usuários passou de 8 mil para 48 mil em uma semana. Segundo a ViaMobilidade, concessionária que administra a Linha 5-Lilás, na Estação Chácara Klabin embarcaram 42 mil pessoas, na média, nos dias 16 e 17 da semana passada. Na Santa Cruz, foram 60 mil pessoas, na média dos mesmos dias.
Os usuários já sentiram a diferença. "Antes da abertura da Linha 5-Lilás não tinha ninguém aqui na Chácara Klabin. Eu percebi que depois da inauguração aumentou o número de usuários, mas o trem não chega a ficar lotado", diz a usuária Paola Couto Rennó, de 32 anos, que usa a Linha 2 diariamente.
"A baldeação reduz o fluxo de passageiros nas outras linhas", afirma o usuário Antônio Souza, de 47 anos. "Era vazio. Quatro, cinco pessoas esperavam o trem na plataforma", diz Aline Feitosa da Silva, de 32 anos.
Menos sufoco
O crescimento diminuiu, ao menos um pouco, a superlotação nas conexões da Linha 4-Amarela. O ramal, que sai da Luz e vai até o Butantã, passando por baixo das Ruas da Consolação e dos Pinheiros, na zona oeste, tinha desde 2012 um problema de superlotação no túnel que faz a conexão com a Linha 2-Verde, na Paulista. A questão também era queixa constante na Estação Pinheiros, onde a Linha 4 se conecta à CPTM.
A ViaQuatro, concessionária da Linha 4, informou à reportagem que 130 mil pessoas passaram pela Estação Paulista nos dias 16 e 17. É um número 7% menor do que a média dos dias úteis no mês anterior, segundo a empresa. Em Pinheiros, a redução foi maior: 14% no mesmo período.