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Partidos terão que manter mesma linha de atuação por 4 anos

Pela proposta, os partidos poderão se unir em uma federação que terá validade de quatro anos


	Os partidos deverão atuar com uma identidade única, votando conjuntamente e obedecendo a uma linha ideológica, não sendo possível se unir para eleger um candidato
 (José Cruz/ABr)

Os partidos deverão atuar com uma identidade única, votando conjuntamente e obedecendo a uma linha ideológica, não sendo possível se unir para eleger um candidato (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 08h11.

O projeto de lei que cria o modelo de federação para a junção de partidos políticos foi aprovado na noite de hoje (15) pelo plenário do Senado.

Pela proposta, os partidos poderão se unir em uma federação que terá validade de quatro anos. Com isso, eles deverão atuar com uma identidade única, votando conjuntamente e obedecendo a uma mesma linha ideológica, não sendo mais possível que se unam para eleger um candidato e, depois, se desvinculem, seguindo linhas de atuação diferentes.

Além disso, a matéria prevê que os candidatos unidos por uma federação poderão se beneficiar dos votos uns dos outros para completar o quociente eleitoral.

Atualmente, isso já existe no modelo de coligação partidária, mas, com as federações, eles ficarão obrigados a seguir a mesma orientação nas votações no Legislativo.

O projeto causou polêmica no plenário porque alguns senadores alegaram ser muito rigoroso obrigar os partidos a permanecerem quatro anos unidos em torno de uma mesma linha de atuação.

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) também alegou que os partidos perderão força nos estados e municípios. “Vai acabar com a política municipal”, destacou.

O relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), lembrou que, momentos antes, o plenário aprovara projeto que acabava com a possibilidade de partidos coligados se beneficiarem dos votos um do outro para completarem os quocientes eleitorais.

Segundo Jucá, o acordo firmado com a Câmara para propiciar a votação rápida da reforma eleitoral inclui a aprovação de um projeto que sirva de alternativa para a retirada dessa prerrogativa que atualmente existe no sistema de coligação. “O projeto que trata das coligações não vai passar na Câmara se essa alternativa da federação não acompanhar [a reforma]”, afirmou.

No fim, Jucá acatou sugestões de mudanças sutis no texto e de redação e a matéria foi aprovada em votação simbólica.

A proposta vai agora para a Câmara e a expectativa é que seja aprovada até setembro, para valer nas próximas eleições municipais.

Após a votação do projeto, os senadores decidiram concluir amanhã (16) as votações da reforma política. Eles vão analisar mais dois projetos em sessão deliberativa que será convocada para as 11h. 

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