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Na Cisjordânia, Mauro Vieira diz que Brasil irá liderar esforços para admissão da Palestina na ONU

Ministro brasileiro conversou com autoridades palestinas e criticou Israel e a comunidade internacional pela 'insuficiência de ajuda humanitária' em Gaza

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 17 de março de 2024 às 13h47.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira , chegou neste domingo em Ramallah, na Cisjordânia, onde participou da cerimônia de outorga, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do título de Membro Honorário do Conselho de Curadores da Fundação Yasser Arafat. Vieira recebeu a homenagem das mãos do primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh, que “louvou a coragem” de Lula “na defesa da Palestina”, publicou o Itamaraty.

Ainda segundo o órgão, Vieira usou seu discurso para criticar Israel e a comunidade internacional “pela clara insuficiência da ajuda humanitária desde o início do atual conflito” na Faixa de Gaza. A guerra começou em 7 de outubro, quando o grupo terrorista Hamas invadiu o território israelense, matou quase 1,2 mil pessoas e sequestrou cerca de 250. Como resposta, Israel iniciou uma ofensiva no enclave palestino que deixou, em cinco meses, mais de 31 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde local.

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— A credibilidade do atual sistema internacional de governança está debaixo dos escombros de Gaza — disse Vieira, que definiu como “ilegal e imoral” negar comida, água e medicamentos a civis, além de atacar comboios de ajuda humanitária e destruir hospitais.

O ministro fez, segundo o Itamaraty, um balanço das iniciativas brasileiras em favor do fim das hostilidades em Gaza desde outubro, e comentou o histórico apoio do Brasil ao reconhecimento da Palestina como Estado — além de sua admissão como membro pleno da ONU.

Encontro com autoridades palestinas

Vieira também foi recebido pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, com quem conversou por cerca de 20 minutos. Os dois falaram sobre o atual momento do conflito e da crise humanitária no enclave.

Conforme divulgado pelo Itamaraty, Abbas agradeceu pelo “histórico empenho e amizade do presidente Lula com a Palestina”, e pela “coragem ao assumir o papel de referência global em defesa dos palestinos na atual crise”.

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