Exame Logo

Mundial do Brasil está mais atrasado que o da África do Sul

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, constatou que há atrasos na organização que são maiores dos que os apresentados na África do Sul

Joseph Blatter, presidente da Fifa: "o Brasil está mais atrasado na preparação que a África do Sul no mesmo período" (Graham Barclay/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 08h06.

Paris - O presidente da Fifa , Joseph Blatter , se mostrou confiante em que a Copa do Mundo do Brasil será um grande êxito, mas constatou que há atrasos na organização que são maiores dos que os apresentados na África do Sul no mesmo período.

"O Brasil está mais atrasado na preparação que a África do Sul no mesmo período. Mas não duvido que um grande país de 200 milhões de habitantes organizará um grande Mundial de futebol", indicou Blatter em entrevista publicada nesta terça-feira pela "France Football".

Blatter recebeu na semana passada a presidente Dilma Rousseff, em Zurique, onde recebeu garantias de que a competição se desenvolverá com normalidade.

"É a primeira vez que um país tinha sete anos para organizar um Mundial e tem atraso. Troquei mensagens com Dilma e ela me disse que o país estará pronto", disse.

O presidente da Fifa se referiu também aos protestos surgidos no país.

"Era um movimento espontâneo, sem objetivo. Agora, as coisas mudaram", comentou.

"O futebol é como as batatas, vale para tudo. Pode ser que alguns utilizem o Mundial para fazer eco. Mas quando a competição começar e a seleção (brasileira) tentar conquistar o seu sexto título, não acho que ninguém queira prejudicar o futebol. O futebol está aí para unir as pessoas, para criar pontes", acrescentou.

Blatter considerou que as críticas da Fifa aos organizadores do Mundial incomodaram muito no Brasil pelo "orgulho" do país.


"O Brasil é a sexta economia do mundo e sua chefe de Estado está em todas as grandes reuniões internacionais. Se transformou em um país mais orgulhoso do que era", afirmou.

O presidente também enviou uma mensagem tranquilizadora sobre o calor no país e as diferenças de temperatura entre o norte e o sul e lembrou que já foram disputados outros Mundiais em condições similares, como os dos Estados Unidos ou México.

Blatter indicou que "há menos problemas" nos Mundiais organizados na Europa porque "o poder central é mais forte", e usou o exemplo da Rússia, que organizará a competição em 2018 e que considerou que "está muito avançada".

Sobre o Mundial de 2022 no Catar, o presidente da Fifa indicou que a decisão de mudá-lo para o inverno para evitar as elevadas temperaturas será tomada pelo Comitê Executivo após estudar os relatórios encarregados.

Blatter ainda criticou a Comissão Europeia, que está investigando as condições trabalhistas dos empregados que trabalham nas obras dos estádios no Catar.

"Todo o mundo se mete, as organizações de trabalho, as ONG, inclusive a Comissão Europeia. Por que se preocupam com um Mundial que acontece na Ásia? Se a UE quer proteger os operários, deveria vigiar as grandes empresas que trabalham nas infraestruturas do Catar, que em sua maior parte são europeias, sobretudo francesas e alemãs", afirmou.

Blatter não confimou se se apresentará à reeleição da Fifa em 2015, embora tenha assegurado que "por enquanto" não se sente "suficientemente cansado para tomar a decisão de parar".

"Me sinto bem. Faz 39 anos que estou na Fifa. Tenho dois corações, o da vida e o do futebol", assegurou.

Veja também

Paris - O presidente da Fifa , Joseph Blatter , se mostrou confiante em que a Copa do Mundo do Brasil será um grande êxito, mas constatou que há atrasos na organização que são maiores dos que os apresentados na África do Sul no mesmo período.

"O Brasil está mais atrasado na preparação que a África do Sul no mesmo período. Mas não duvido que um grande país de 200 milhões de habitantes organizará um grande Mundial de futebol", indicou Blatter em entrevista publicada nesta terça-feira pela "France Football".

Blatter recebeu na semana passada a presidente Dilma Rousseff, em Zurique, onde recebeu garantias de que a competição se desenvolverá com normalidade.

"É a primeira vez que um país tinha sete anos para organizar um Mundial e tem atraso. Troquei mensagens com Dilma e ela me disse que o país estará pronto", disse.

O presidente da Fifa se referiu também aos protestos surgidos no país.

"Era um movimento espontâneo, sem objetivo. Agora, as coisas mudaram", comentou.

"O futebol é como as batatas, vale para tudo. Pode ser que alguns utilizem o Mundial para fazer eco. Mas quando a competição começar e a seleção (brasileira) tentar conquistar o seu sexto título, não acho que ninguém queira prejudicar o futebol. O futebol está aí para unir as pessoas, para criar pontes", acrescentou.

Blatter considerou que as críticas da Fifa aos organizadores do Mundial incomodaram muito no Brasil pelo "orgulho" do país.


"O Brasil é a sexta economia do mundo e sua chefe de Estado está em todas as grandes reuniões internacionais. Se transformou em um país mais orgulhoso do que era", afirmou.

O presidente também enviou uma mensagem tranquilizadora sobre o calor no país e as diferenças de temperatura entre o norte e o sul e lembrou que já foram disputados outros Mundiais em condições similares, como os dos Estados Unidos ou México.

Blatter indicou que "há menos problemas" nos Mundiais organizados na Europa porque "o poder central é mais forte", e usou o exemplo da Rússia, que organizará a competição em 2018 e que considerou que "está muito avançada".

Sobre o Mundial de 2022 no Catar, o presidente da Fifa indicou que a decisão de mudá-lo para o inverno para evitar as elevadas temperaturas será tomada pelo Comitê Executivo após estudar os relatórios encarregados.

Blatter ainda criticou a Comissão Europeia, que está investigando as condições trabalhistas dos empregados que trabalham nas obras dos estádios no Catar.

"Todo o mundo se mete, as organizações de trabalho, as ONG, inclusive a Comissão Europeia. Por que se preocupam com um Mundial que acontece na Ásia? Se a UE quer proteger os operários, deveria vigiar as grandes empresas que trabalham nas infraestruturas do Catar, que em sua maior parte são europeias, sobretudo francesas e alemãs", afirmou.

Blatter não confimou se se apresentará à reeleição da Fifa em 2015, embora tenha assegurado que "por enquanto" não se sente "suficientemente cansado para tomar a decisão de parar".

"Me sinto bem. Faz 39 anos que estou na Fifa. Tenho dois corações, o da vida e o do futebol", assegurou.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaÁfrica do SulCopa do MundoEsportesFifaFutebolJoseph Blatter

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame