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MP-GO volta a ouvir João de Deus esta tarde

O médium João de Deus é acusado pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual cometidos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia

João de Deus: durante depoimento, o médium negou ter abusado sexualmente de frequentadoras do centro (Metropoles/Igo Estrela/Reuters)

João de Deus: durante depoimento, o médium negou ter abusado sexualmente de frequentadoras do centro (Metropoles/Igo Estrela/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de janeiro de 2019 às 12h24.

Última atualização em 14 de janeiro de 2019 às 12h26.

O médium goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus, prestará novo depoimento ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) na tarde de hoje (14). Ele será ouvido, pela segunda vez, pelos promotores que integram a força-tarefa criada para investigar as acusações de crimes sexuais atribuídos ao médium por mulheres que frequentavam a Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO).

A previsão é de que os promotores ouçam João de Deus no próprio Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital do estado, onde o médium está detido em caráter preventivo desde o dia 16 de dezembro.

Ao prestar seu primeiro depoimento ao MP, em 26 de dezembro, João de Deus negou ter abusado sexualmente de frequentadoras do centro. Segundo seus advogados, ele afirmou jamais ter ficado sozinho com as fiéis que buscavam auxílio espiritual e não reconheceu três das denunciantes que procuraram o MP-GO.

A apuração do Ministério Público já resultou em uma primeira denúncia contra o médium, acusado pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual. A Justiça estadual aceitou a denúncia no dia 9 de janeiro, mantendo-o no Complexo Prisional.

A defesa do médium chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 20 de dezembro, a fim de obter um habeas corpus que permitisse, se necessário, responder ao processo em prisão domiciliar. No entanto, na última sexta-feira (11), a defesa protocolou um pedido de desistência do habeas corpus.

De acordo com o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, a desistência é uma estratégia processual. Segundo ele, a defesa vai esperar o julgamento de outro habeas corpus protocolado na Justiça de Goiás, que retornou às atividades nesta semana, após o recesso de fim de ano.

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