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Movimento Brasil protocola pedido de impeachment de Dilma

Representantes do movimento se reuniram com o presidente da Câmara e protocolaram um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff

Integrantes do Movimento Brasil Livre realizam ato em frente ao Congresso Nacional (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 19h34.

Brasília - Após uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pouco mais de 400 manifestantes do Movimento Brasil, segundo a Polícia Militar, fizeram hoje (17) um protesto em frente ao Congresso Nacional contra o governo.

Acompanhados de deputados da oposição, os representantes do movimento se reuniram com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e protocolaram um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff .

“Hoje no nosso pedido de impeachment , com pareceres técnicos, foi protocolado aqui, na presidência”, disse um dos líderes do movimento, Renan Haas.

“O [presidente] Eduardo Cunha se comprometeu a analisar tecnicamente o nosso pedido de impeachment e não engavetar diretamente como fez com os outros”, complementou Kim Kataguiri, também representante do movimento, mas sem detalhar os argumentos apresentados no pedido.

“Os movimentos de rua e os movimentos feitos pela oposição são complementares. Tanto o feito ontem (16) e o de hoje buscam a mesma finalidade: o afastamento da presidente da República”, disse o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), ao falar da representação protocolada nessa terça-feira pelo PSDB, DEM, PPS e SD acusando o governo de irregularidades financeiras devido a atraso nos repasses de recursos da União para bancos públicos.

O caso dos repasses está sendo apurado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O governo sustenta que os pagamentos feitos pelos bancos públicos não configuram operação de crédito entre o Tesouro Nacional e o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, como entendeu o TCU, durante julgamento em abril.

Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS), são legítimas as manifestações contrárias ao governo. Mas considera que os manifestantes têm se comportado como “mau perdedores”. “Uma parcela dos que perderam tem se comportado como maus perdedores”, disse.

“Não há nenhum ponto que justifique um pedido de impeachment. Evidentemente o debate crítico ou de apoio a um governo deve ser respeitado, ele faz parte do processo democrático”, acrescentou.

Para Fontana, alguns setores que não aceitaram o resultado das urnas apostam no chamado “terceiro turno”.

“A eleição elegeu uma presidente que está no exercício de um mandato absolutamente legítimo. Para mudar o governo terá uma outra oportunidade em 2018 e aí cada um vai defender o seu candidato o seu programa e quem ganhar a eleição vai governar o país”, disse.

A manifestação teve início no dia 24 de abril, quando cerca de 20 integrantes do movimento iniciaram uma caminhada de São Paulo até Brasília para entregar o pedido de impeachment.

Após protocolarem o documento, os manifestantes disseram que permanecerão acampados em frente ao Congresso como forma de “pressionar” o Parlamento pela admissão do pedido.

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Brasília - Após uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pouco mais de 400 manifestantes do Movimento Brasil, segundo a Polícia Militar, fizeram hoje (17) um protesto em frente ao Congresso Nacional contra o governo.

Acompanhados de deputados da oposição, os representantes do movimento se reuniram com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e protocolaram um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff .

“Hoje no nosso pedido de impeachment , com pareceres técnicos, foi protocolado aqui, na presidência”, disse um dos líderes do movimento, Renan Haas.

“O [presidente] Eduardo Cunha se comprometeu a analisar tecnicamente o nosso pedido de impeachment e não engavetar diretamente como fez com os outros”, complementou Kim Kataguiri, também representante do movimento, mas sem detalhar os argumentos apresentados no pedido.

“Os movimentos de rua e os movimentos feitos pela oposição são complementares. Tanto o feito ontem (16) e o de hoje buscam a mesma finalidade: o afastamento da presidente da República”, disse o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), ao falar da representação protocolada nessa terça-feira pelo PSDB, DEM, PPS e SD acusando o governo de irregularidades financeiras devido a atraso nos repasses de recursos da União para bancos públicos.

O caso dos repasses está sendo apurado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O governo sustenta que os pagamentos feitos pelos bancos públicos não configuram operação de crédito entre o Tesouro Nacional e o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, como entendeu o TCU, durante julgamento em abril.

Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS), são legítimas as manifestações contrárias ao governo. Mas considera que os manifestantes têm se comportado como “mau perdedores”. “Uma parcela dos que perderam tem se comportado como maus perdedores”, disse.

“Não há nenhum ponto que justifique um pedido de impeachment. Evidentemente o debate crítico ou de apoio a um governo deve ser respeitado, ele faz parte do processo democrático”, acrescentou.

Para Fontana, alguns setores que não aceitaram o resultado das urnas apostam no chamado “terceiro turno”.

“A eleição elegeu uma presidente que está no exercício de um mandato absolutamente legítimo. Para mudar o governo terá uma outra oportunidade em 2018 e aí cada um vai defender o seu candidato o seu programa e quem ganhar a eleição vai governar o país”, disse.

A manifestação teve início no dia 24 de abril, quando cerca de 20 integrantes do movimento iniciaram uma caminhada de São Paulo até Brasília para entregar o pedido de impeachment.

Após protocolarem o documento, os manifestantes disseram que permanecerão acampados em frente ao Congresso como forma de “pressionar” o Parlamento pela admissão do pedido.

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