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Ministro de Minas e Energia volta a defender redução do preço dos combustíveis

Silveira disse que não compreendeu as declarações de Prates e afirmou que os preços dos combustíveis são importantes para garantir a inflação dentro da meta

Combustíveis: O ministro ainda disse que não se pode criar o que chama de factoide (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Combustíveis: O ministro ainda disse que não se pode criar o que chama de factoide (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de novembro de 2023 às 06h20.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, rebateu o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e voltou a cobrar, neste domingo, a redução do preço dos combustíveis. Silveira disse que não compreendeu as declarações de Prates e afirmou que os preços dos combustíveis são importantes para garantir a inflação dentro da meta.

Pelas redes sociais, Prates disse que, se o MME quiser “orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente”, será necessário seguir tanto a Lei das Estatais e as regras do Estatuto Social da companhia. A fala do presidente da Petrobras foi em resposta a uma cobrança feita por Silveira na sexta-feira, quando o ministro pediu a redução do preço dos combustíveis.

"Foi com muita serenidade que vi as falas do presidente da Petrobras, mas não as compreendi. Eu não fiz nada mais do que ressaltar os compromissos do governo com o país assumidos com a eleição. Eu disse que os preços dos combustíveis são parte essencial da meta de inflação", disse Silveira ao GLOBO, procurado para comentar as declarações de Prates.

O ministro ainda disse que não se pode criar o que chama de factoide. "Não há nenhuma necessidade de haver criação de factoide onde não existe. Nós não temos divergências de mérito. Só temos que ter cuidado na forma".

O ministro disse que houve redução do valor do barril de petróleo e o dólar se estabilizou. Segundo ele, o argumento de que é necessário não repassar a volatilidade nos preços não se justifica, porque o último reajuste foi há um mês.

"O que nós precisamos agora é que uma empresa igual a Petrobras, além de atrativa para para o investidor, tenha clareza sobre a sua função social, que está na Constituição, na Lei das Estatais. Todas as empresas têm seu caráter também social. Eu levei a público dados objetivos. No último aumento da Petrobras o Brent estava US$ 92. Hoje estava em US$ 78. Eu tendo a concordar com o presidente da Petrobras que uma menor volatilidade dos preços é fundamental", disse ele, ressaltando que as ações da Petrobras subiram nos últimos meses.

Para o ministro, a volatilidade não pode ser o único compromisso da Petrobras. Ele ressalta também a necessidade de “dar uma resposta mais rápida” com a queda nos preços e disse que a diretoria da Petrobras foi escolha do Lula, embora diga que não vá levar esse assunto ao presidente.

"A diretoria da Petrobras e de escolha do presidente da República. A orientação ao presidente Jean Paul é feita pelo conselho de administração em que o governo tem maioria. A orientação, que ele deveria entender na minha opinião, ela é feita pelo formulador das políticas de petróleo, gás e biocombustíveis do país, que está na lei que é o ministro de Estado de Minas e Energia. Eu me dirijo com o mais profundo respeito ao meu colega Jean Paul. Mas o meu respeito não pode ser contradito ao meu compromisso de fazer com que o país dê certo e consequentemente possamos colher frutos desse sucesso econômico".

Prates e Silveira acumulam divergências internas desde o começo do governo em diversos temas, como preço dos combustíveis e a condução da política de gás.

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