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Ministério da Saúde autoriza ampliação de vagas do Mais Médicos em Manaus

As 72 novas vagas para profissionais do Programa Mais Médicos em Manaus são válidas por um período de um ano

O sistema de saúde de Manaus entrou em colapso em virtude do agravamento da pandemia de covid-19 (Márcio James/Amazônia Real/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 12h40.

O Ministério da Saúde autorizou a ampliação "emergencial e temporária" de 72 vagas para profissionais do Programa Mais Médicos para Manaus. A extensão das vagas é válida por um período improrrogável de um ano, segundo portaria da pasta publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 19.

O sistema de saúde da capital do Amazonas entrou em colapso em virtude do agravamento da pandemia de covid-19 na cidade. A situação de Manaus piorou muito desde a semana passada, quando começou a faltar oxigênio hospitalar para tratar pacientes, o que provocou várias mortes por asfixia.

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A portaria da Saúde diz que o provimento das vagas será realizado via edital de chamamento público de médicos e que os profissionais que passarem pela seleção serão alocados no município de Manaus e continuarão a desempenhar suas atividades no âmbito do projeto até o prazo final do termo de adesão e compromisso.

Na segunda-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, concedeu entrevista coletiva à imprensa sobre Manaus e novamente tentou afastar do governo federal qualquer responsabilidades pelo colapso de saúde de lá. A falta de oxigênio na cidade atinge pacientes de covid-19 e até bebês prematuros.

"Fizemos tudo o que tinha de fazer. Estamos fazendo e vamos continuar fazendo", disse Pazuello durante a entrevista. O general negou lentidão do governo federal para oferecer ajuda na entrega de insumos como o próprio oxigênio.

O governo federal disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que soube dias antes do colapso em Manaus, no dia 8 de janeiro, da iminente falta de oxigênio. No dia seguinte, segundo Pazuello, ele e sua equipe embarcaram para Manaus e houve reforço na entrega de insumos.

Uma viagem do ministro Pazuello a Manaus na última semana, no entanto, ficou marcada pela defesa do uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, como a cloroquina e a hidroxicloroquina.

Em dezembro, o presidente Jair Bolsonaro apoiou protestos feitos no Amazonas que levaram o governador Wilson Lima (PSC) a desistir do fechamento do comércio. "Sei que a vida não tem preço. Mas não precisa ficar com esse pavor todo", disse Bolsonaro em 28 de dezembro. "Vi que o povo em Manaus ignorou o decreto do governador do Amazonas", completou. Menos de um mês mais tarde, as aglomerações de fim de ano são apontadas pelo próprio governo local como determinantes para a explosão de internações e mortes.

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