Médicos pedem o fechamento da emergência de hospital público
Médicos do Hospital Municipal Salgado Filho pediram o fechamento da emergência da unidade por falta de profissionais e de equipamentos
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2013 às 22h21.
Rio de Janeiro – Os médicos que integram o corpo clínico do Hospital Municipal Salgado Filho, localizado na zona norte da capital fluminense, pediram hoje o fechamento da emergência da unidade, uma das mais movimentadas da cidade, por falta de profissionais e de equipamentos. O pedido foi feito durante reunião com representantes do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj).
Na visita que fez ao hospital , o conselho constatou que na sala de repouso estavam 31 pacientes masculinos para sete leitos e 20 femininos também para sete leitos, além dos que, em macas, aguardavam atendimento no corredor. Para piorar o quadro, a equipe do Cremerj foi informada que a Unidade de Pacientes Graves (UPG) foi fechada. No local, passou a funcionar a sala vermelha, onde havia 26 pacientes graves, mas com um clínico de plantão, quando deveria haver, no mínimo, três.
Segundo os médicos, a emergência ficou ainda mais sobrecarregada após a desativação de 12 leitos de clínica médica por falta de profissionais: enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Referência no serviço de neurocirurgia, o Salgado Filho chegou a ter 20 neurocirurgiões. Atualmente conta com oito.
O presidente do Cremerj, Sidnei Ferreira, disse que a entidade vem há tempos denunciando o sucateamento do Salgado Filho e que o Cremerj apoia o pedido do corpo clínico. “Denunciamos essa situação para o Ministério Público, Delegacia do Consumidor e outros órgãos. Os médicos não podem ser responsabilizados por esse descaso, e a população merece um atendimento de qualidade. Queremos uma solução para esse problema e vamos apresentar essa proposta em nome do corpo clínico para o secretário municipal de Saúde”, disse.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou, por meio de nota, que está aberta a receber e debater propostas que visem à melhoria da rede de atenção, porém não aceitará medidas arbitrárias que prejudiquem o atendimento à população, como o fechamento da emergência do hospital. Segundo a secretaria, embora aponte falta de profissionais na rede, o Cremerj não traz para a SMS qualquer colaboração ou indicação de médicos para o preenchimento das vagas oferecidas pelo município, algumas com vencimentos que chegam a R$ 7.153 para uma carga horária semanal de 24 horas.
O órgão informou que dois processos de contratação de profissionais para unidades hospitalares estão em curso pela secretaria: um concurso público, cuja autorização para o provimento das vagas de médicos já foi publicada no Diário Oficial do Município, correndo os trâmites e prazos legais para a posse dos aprovados nos cargos efetivos; e uma contratação de médicos por prazo determinado. De acordo com a SMS, o Salgado Filho será uma das unidades a receber parte desses profissionais.
Rio de Janeiro – Os médicos que integram o corpo clínico do Hospital Municipal Salgado Filho, localizado na zona norte da capital fluminense, pediram hoje o fechamento da emergência da unidade, uma das mais movimentadas da cidade, por falta de profissionais e de equipamentos. O pedido foi feito durante reunião com representantes do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj).
Na visita que fez ao hospital , o conselho constatou que na sala de repouso estavam 31 pacientes masculinos para sete leitos e 20 femininos também para sete leitos, além dos que, em macas, aguardavam atendimento no corredor. Para piorar o quadro, a equipe do Cremerj foi informada que a Unidade de Pacientes Graves (UPG) foi fechada. No local, passou a funcionar a sala vermelha, onde havia 26 pacientes graves, mas com um clínico de plantão, quando deveria haver, no mínimo, três.
Segundo os médicos, a emergência ficou ainda mais sobrecarregada após a desativação de 12 leitos de clínica médica por falta de profissionais: enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Referência no serviço de neurocirurgia, o Salgado Filho chegou a ter 20 neurocirurgiões. Atualmente conta com oito.
O presidente do Cremerj, Sidnei Ferreira, disse que a entidade vem há tempos denunciando o sucateamento do Salgado Filho e que o Cremerj apoia o pedido do corpo clínico. “Denunciamos essa situação para o Ministério Público, Delegacia do Consumidor e outros órgãos. Os médicos não podem ser responsabilizados por esse descaso, e a população merece um atendimento de qualidade. Queremos uma solução para esse problema e vamos apresentar essa proposta em nome do corpo clínico para o secretário municipal de Saúde”, disse.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou, por meio de nota, que está aberta a receber e debater propostas que visem à melhoria da rede de atenção, porém não aceitará medidas arbitrárias que prejudiquem o atendimento à população, como o fechamento da emergência do hospital. Segundo a secretaria, embora aponte falta de profissionais na rede, o Cremerj não traz para a SMS qualquer colaboração ou indicação de médicos para o preenchimento das vagas oferecidas pelo município, algumas com vencimentos que chegam a R$ 7.153 para uma carga horária semanal de 24 horas.
O órgão informou que dois processos de contratação de profissionais para unidades hospitalares estão em curso pela secretaria: um concurso público, cuja autorização para o provimento das vagas de médicos já foi publicada no Diário Oficial do Município, correndo os trâmites e prazos legais para a posse dos aprovados nos cargos efetivos; e uma contratação de médicos por prazo determinado. De acordo com a SMS, o Salgado Filho será uma das unidades a receber parte desses profissionais.