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Me atacam como se eu fosse o responsável por queimadas, diz Bolsonaro

Presidente afirmou saber que será cobrado por outros países a respeito dos incêndios na Amazônia durante assembleia da ONU, na próxima semana

Jair Bolsonaro: presidente diz que será cobrado em assembleia da ONU (Alan Santos/PR/Flickr)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de setembro de 2019 às 20h47.

Última atualização em 19 de setembro de 2019 às 20h53.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quinta-feira, 19, que "está na cara" que será "cobrado" durante participação na Assembleia Geral da ONU na próxima semana, em Nova York.

Segundo Bolsonaro, ele é atacado de "forma virulenta" por alguns países que o apontam como "responsável pelas queimadas pelo Brasil". "Sabemos que queimada tem todo ano, até por uma questão de tradição", disse o presidente.

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Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de queimadas na região passou de 10,4 mil em agosto de 2018 para 30,9 mil no mesmo mês de 2019. O recorde anterior foi em 2010, quando foram registrados 45 mil focos de incêndio na Amazônia brasileira.

"A gente faz o possível. Alguns países da Europa batem na gente duramente", afirmou Bolsonaro.

Se confirmada a viagem aos EUA, a comitiva do presidente partirá de Brasília na noite do próximo dia 23. O presidente deve discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU, no dia 24. O retorno ao Brasil será no próxima quarta-feira, 25.

Bolsonaro voltou a afirmar que o incêndio na Amazônia acabaria se ele demarcasse novas terras indígenas ou quilombolas. O presidente disse que havia previsão de que fossem demarcadas mais 400 reservas indígenas e 900 áreas quilombolas. Ele afirmou ainda que países da Europa estavam comprando a floresta por meio de repasses ao Fundo Amazônia.

O presidente disse "saber" que poderá ter problemas durante assembleia. "É natural, mas vocês terão presidente falando com coração e sobre a soberania nacional", disse. Bolsonaro, no entanto, ponderou: "Fiquem tranquilos, ninguém vai brigar com ninguém".

As declarações do presidente foram feitas em transmissão semanal nas redes sociais, ao lado do diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Miguel Ivan Lacerda.

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