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Marinha resgata 5 tripulantes de barco de Santa Catarina que naufragou após ciclone no Sul

Em nota, a Marinha informou que os tripulantes resgatados estão “em bom estado de saúde”

Supostas imagens dos resgatados foram compartilhadas por perfis de pesca em redes sociais, mas não tiveram a autenticidade confirmada até o momento (Instagram/Safadi Seif/Reprodução)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 18 de junho de 2023 às 11h43.

Última atualização em 18 de junho de 2023 às 11h51.

A Marinha do Brasil (MB) confirmou o resgate de cinco dos oito tripulantes de uma embarcação que naufragou no litoral sul de Santa Catarina na sexta-feira, 16, após a passagem de um ciclone extratropical pela costa catarinense e do Rio Grande do Sul. As buscas por mais três desaparecidos seguem em operação.

Em nota, a Marinha informou que os tripulantes resgatados estão “em bom estado de saúde”. Eles foram encontrados em uma balsa de salvamento por volta das 22 horas. “A MB continua mantendo esforços nas buscas pelos outros três desaparecidos”, destacou.

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Novos detalhes sobre as buscas serão divulgados em uma coletiva de imprensa no fim da manhã. Supostas imagens dos resgatados foram compartilhadas por perfis de pesca em redes sociais, mas não tiveram a autenticidade confirmada até o momento.

Os sobreviventes são integrantes da tripulação do barco pesqueiro Safadi Seif, que naufragou na costa do litoral sul de Santa Catarina na sexta-feira. A última localização confirmada da embarcação antes do incidente foi a uma distância de aproximadamente 160 quilômetros da costa.

Na quinta-feira, 15, a Marinha do Brasil emitiu alerta de vento forte para o perímetro de toda a costa do Rio Grande do Sul até Laguna, no litoral sul de Santa Catarina. O aviso de rajadas é válido até este sábado, 17.

Além disso, na terça-feira, 13, também foi publicado alerta de ressaca, com ondas de até 3,5 metros, para a área que abrange todo o litoral gaúcho até Florianópolis.

Ciclone deixou ao menos 11 mortes no Rio Grande do Sul

A passagem do ciclone deixou ao menos 11 mortos no Rio Grande do Sul. Sete pessoas seguem desaparecidas, todas em Caraá, município de 8,4 mil habitantes no litoral norte e um dos mais impactos pelas fortes chuvas e rajadas de vento.

Mais de 2,4 mil pessoas precisaram ser retiradas pelo Corpo de Bombeiros de residências, unidades de saúde e outros espaços. A corporação registrou mais de 1,6 mil ocorrências. Segundo a Defesa Civil do Estado, mais de 3,7 mil pessoas estão desabrigadas e 697 estão desalojadas.

Os óbitos foram confirmados nos seguintes municípios: Maquiné (três) e Caraá (um), no litoral norte; São Leopoldo (dois), Novo Hamburgo (um), Gravataí (um) e Esteio (um), na Grande Porte Alegre; e Bom Princípio (um) e São Sebastião do Caí (um), ambos no Vale do Caí.

A Defesa Civil gaúcha emitiu alerta no sábado, 18, para risco de deslizamentos e inundações diante das cheias dos Rios Caí, Sinos Gravataí e Guaíba. O funcionamento de serviços públicos, escolas e eventos também foi interrompido, suspenso ou afetado.

Em Santa Catarina, a passagem do ciclone também impactou em diferentes municípios no litoral sul. Um dos mais afetados foi Praia Grande, onde moradores ficaram ilhados por mais de 18 horas até serem resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, ao menos 60 dos desalojados foram encaminhados para um ginásio local.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou na sexta-feira para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, fizeram um sobrevoo às regiões atingidas pelo ciclone e anunciaram ações de apoio à população afetada.

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