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Marielle Franco: eleições não podem parar investigações, diz AI

A morte de Marielle Franco ultrapassa 150 dias, e a Delegacia de Homicídios ainda não conseguiu estabelecer os nomes dos possíveis mandantes

Velório de Marielle Franco: defensora dos direitos humanos, a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, foram executados no dia 14 de março na região central do Rio (Henrique Crang/Wikimedia Commons)

Velório de Marielle Franco: defensora dos direitos humanos, a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, foram executados no dia 14 de março na região central do Rio (Henrique Crang/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de agosto de 2018 às 10h30.

Última atualização em 14 de agosto de 2018 às 10h42.

Rio - No dia em que se completa cinco meses do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), a Anistia Internacional manifestou sua preocupação à Secretaria de Segurança do Rio de que o período eleitoral possa atrapalhar as investigações.

A ONG diz, em ofício ao secretário Richard Nunes e outras autoridades, divulgado à imprensa nesta terça-feira, 14, que os trabalhos da polícia não podem ser "negligenciados" em razão do período eleitoral.

Defensora dos direitos humanos, a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, foram executados no dia 14 de março no bairro do Estácio, região central do Rio. A Delegacia de Homicídios investiga o caso e ainda não conseguiu estabelecer os nomes dos possíveis mandantes, executores ou mesmo a motivação.

A Anistia lembra que Marielle foi a quinta vereadora mais votada da cidade nas eleições de 2016 e vítima de um caso que teve repercussão mundial.

Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional, ressaltou "a urgência do estabelecimento de um mecanismo externo e independente de monitoramento das investigações, formado por especialistas no tema e que não tenham qualquer conflito de interesses em relação ao caso". Suspeita-se que políticos e policiais estejam envolvidos na morte da vereadora.

O ofício foi enviado às seguintes autoridades: o chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa; o secretário Richard Nunes; o interventor federal, Walter Souza Braga Netto; o procurador-geral do Ministério Público, José Eduardo Ciotola Gussem; a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira; e o ministro da Justiça, Torquato Jardim.

 

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