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Mantega avalia medidas cambiais nesta semana após queda do dólar

Segundo um integrante do governo que pediu anonimato, governo quer descobrir novos meios de impedir a entrada de capital estrangeiro no país

Mantega, ministro da Fazenda: dólar teve maior baixa em 20 meses na última semana (Marcello Casal Jr/ABr)
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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 08h34.

Brasília/Rio de Janeiro - O governo estuda uma novas medidas para frear a valorização cambial depois que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras sobre fluxo de capital não conseguiu impedir que o dólar tivesse na semana passada a maior queda em 20 meses, segundo um integrante do governo com conhecimento dos planos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai se reunir com outras autoridades do governo, como o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nos próximos dias, disse a pessoa, que pediu anonimato porque as discussões não são públicas. Mantega tenta descobrir formas de reduzir a entrada de capital estrangeiro no mercado brasileiro sem prejudicar os investimentos em infraestrutura e indústria, segundo a pessoa.

Juros próximos a zero nos Estados Unidos, Europa e Japão aumentam a demanda por ativos de mercados emergentes, que oferecem rentabilidade maior. O juro básico no Brasil é de 11,75 por cento, enquanto na Rússia a taxa é de 8 por cento e na Turquia, de 6,5 por cento.

Para Raul Velloso, ex-secretário do Ministério do Planejamento e hoje economista da ARD Consultores Associados, a valorização do real é “inexorável”. Segundo ele, que falou ontem em entrevista por telefone, não há muito que o governo possa fazer além de comprar dólares.


O Brasil teve um entrada líquida de capital estrangeiro de US$ 10,5 bilhões de 1 a 25 de março, considerando o comércio exterior e aplicações financeiras, contra US$ 7,4 bilhões durante todo o mês de fevereiro, de acordo com o BC. No acumulado de 2011, a entrada de capital no País soma US$ 33,45 bilhões, em comparação com US$ 24,35 bilhões em todo o ano de 2010.

O dólar caiu 3,3 por cento em relação ao real na semana passada, a maior queda semanal desde o período encerrado em 17 de julho de 2009 e o melhor desempenho entre as 16 principais moedas acompanhadas pela Bloomberg em todo o mundo.

A possibilidade de novas medidas cambiais foi publicada em matéria do jornal O Estado de S. Paulo em 2 de abril. As medidas podem incluir um novo aumento do IOF e restrições ao capital estrangeiros, disse o jornal, citando uma pessoa do Ministério da Fazenda, que falou em condição de anonimato.

IOF

O governo precisa cortar gastos para conseguir baixar os juros sem gerar inflação, disse Velloso. A redução nas despesas permitiria que o governo aumentasse as reservas sem ter que elevar a dívida, disse ele.

No mês passado, o governo impôs a cobrança de 6 por cento de IOF sobre as captações externas de empresas brasileiras com prazo de até 360 dias. No fim do ano passado, o IOF sobre as aplicações de estrangeiros em ativos de renda fixa local foi triplicado de 2 por cento para 6 por cento.

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Brasília/Rio de Janeiro - O governo estuda uma novas medidas para frear a valorização cambial depois que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras sobre fluxo de capital não conseguiu impedir que o dólar tivesse na semana passada a maior queda em 20 meses, segundo um integrante do governo com conhecimento dos planos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai se reunir com outras autoridades do governo, como o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nos próximos dias, disse a pessoa, que pediu anonimato porque as discussões não são públicas. Mantega tenta descobrir formas de reduzir a entrada de capital estrangeiro no mercado brasileiro sem prejudicar os investimentos em infraestrutura e indústria, segundo a pessoa.

Juros próximos a zero nos Estados Unidos, Europa e Japão aumentam a demanda por ativos de mercados emergentes, que oferecem rentabilidade maior. O juro básico no Brasil é de 11,75 por cento, enquanto na Rússia a taxa é de 8 por cento e na Turquia, de 6,5 por cento.

Para Raul Velloso, ex-secretário do Ministério do Planejamento e hoje economista da ARD Consultores Associados, a valorização do real é “inexorável”. Segundo ele, que falou ontem em entrevista por telefone, não há muito que o governo possa fazer além de comprar dólares.


O Brasil teve um entrada líquida de capital estrangeiro de US$ 10,5 bilhões de 1 a 25 de março, considerando o comércio exterior e aplicações financeiras, contra US$ 7,4 bilhões durante todo o mês de fevereiro, de acordo com o BC. No acumulado de 2011, a entrada de capital no País soma US$ 33,45 bilhões, em comparação com US$ 24,35 bilhões em todo o ano de 2010.

O dólar caiu 3,3 por cento em relação ao real na semana passada, a maior queda semanal desde o período encerrado em 17 de julho de 2009 e o melhor desempenho entre as 16 principais moedas acompanhadas pela Bloomberg em todo o mundo.

A possibilidade de novas medidas cambiais foi publicada em matéria do jornal O Estado de S. Paulo em 2 de abril. As medidas podem incluir um novo aumento do IOF e restrições ao capital estrangeiros, disse o jornal, citando uma pessoa do Ministério da Fazenda, que falou em condição de anonimato.

IOF

O governo precisa cortar gastos para conseguir baixar os juros sem gerar inflação, disse Velloso. A redução nas despesas permitiria que o governo aumentasse as reservas sem ter que elevar a dívida, disse ele.

No mês passado, o governo impôs a cobrança de 6 por cento de IOF sobre as captações externas de empresas brasileiras com prazo de até 360 dias. No fim do ano passado, o IOF sobre as aplicações de estrangeiros em ativos de renda fixa local foi triplicado de 2 por cento para 6 por cento.

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