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Manifestações na USP são feitas por minoria, diz reitor

De acordo com Rodas, apesar do imbróglio na universidade já durar quase um mês, "a USP continua com praticamente todas as suas aulas e seus dias normais"

João Grandino Rodas, reitor da USP: "universidade não está engajada nesse movimento radical, que possui um conteúdo ideológico que passa de longe a questão da universidade em si" (Francisco Emolo/Jornal da USP)
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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 19h48.

São Paulo - O reitor da Universidade de São Paulo ( USP ), João Grandino Rodas, afirmou nesta quarta-feira, 30, com exclusividade ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que as manifestações na instituição são feitas por uma minoria de alunos, que usa métodos violentos.

"Não se justifica pura e simplesmente, justamente no momento em que há um progresso tão grande que uma minoria queira, por métodos violentos, bloquear tudo", afirmou, após participar de debate e relançar o livro Direito e Economia da Concorrência na Fundação Getulio Vargas (FGV), na capital paulista.

De acordo com Rodas, apesar do imbróglio na universidade já durar quase um mês, "a USP continua com praticamente todas as suas aulas e seus dias normais". "Isso mostra que a universidade não está engajada nesse movimento radical, que possui um conteúdo ideológico que passa de longe a questão da universidade em si", disse.

Os estudantes, que protestam desde o início do mês, reivindicam eleições diretas para reitoria, diretorias de unidades e chefes de departamento, fim da lista tríplice (que permite a intervenção do governador na escolha da reitoria), entre outras demandas.

Segundo Rodas, no entanto, depois da reunião entre direção e estudantes, no último dia 2, "houve um enorme avanço" em relação às demandas estudantis. "Eu não só marquei a data da reunião, como institui uma semana de debate", disse. Ele ponderou que o avanço poderia ter sido maior, mas disse "que não é possível se conseguir tudo em um dia só".

O reitor listou algumas aprovações do Conselho Universitário como conquistas. "Não se imaginava que o Conselho aprovasse a questão da participação maior dos pretos, pardos e índios, e ela foi aprovada", exemplificou.

Segundo ele, o término do segundo turno e a prévia eleitoral obrigatória, que também foram aprovadas, representam outros avanços. "E mais do que isso já se fixou uma data, que não pode ser mudada, no ano que vem para continuação dessas discussões. Nunca houve antes um progresso deste nível", afirmou, ressaltando que sua avaliação era uma análise de "pessoa física e não do reitor".

Apesar dos avanços que o reitor considera ter conquistado, parte dos alunos continua planejando protestos. O movimento estudantil da USP convocou para hoje um ato público com entidades, movimentos sociais, sindicatos e professores aliados. "É o momento de mostrar que nossa mobilização conta com a solidariedade e o apoio de um amplo e importante setor dentro e fora da USP", diz o convite na página do Facebook do DCE. Há também previsto uma reunião entre estudantes para esta quinta-feira, 31, às 10h. "A chance de que nosso movimento tenha vitórias é real, desde que permaneçamos atentos", diz o outro convite.

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São Paulo - O reitor da Universidade de São Paulo ( USP ), João Grandino Rodas, afirmou nesta quarta-feira, 30, com exclusividade ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que as manifestações na instituição são feitas por uma minoria de alunos, que usa métodos violentos.

"Não se justifica pura e simplesmente, justamente no momento em que há um progresso tão grande que uma minoria queira, por métodos violentos, bloquear tudo", afirmou, após participar de debate e relançar o livro Direito e Economia da Concorrência na Fundação Getulio Vargas (FGV), na capital paulista.

De acordo com Rodas, apesar do imbróglio na universidade já durar quase um mês, "a USP continua com praticamente todas as suas aulas e seus dias normais". "Isso mostra que a universidade não está engajada nesse movimento radical, que possui um conteúdo ideológico que passa de longe a questão da universidade em si", disse.

Os estudantes, que protestam desde o início do mês, reivindicam eleições diretas para reitoria, diretorias de unidades e chefes de departamento, fim da lista tríplice (que permite a intervenção do governador na escolha da reitoria), entre outras demandas.

Segundo Rodas, no entanto, depois da reunião entre direção e estudantes, no último dia 2, "houve um enorme avanço" em relação às demandas estudantis. "Eu não só marquei a data da reunião, como institui uma semana de debate", disse. Ele ponderou que o avanço poderia ter sido maior, mas disse "que não é possível se conseguir tudo em um dia só".

O reitor listou algumas aprovações do Conselho Universitário como conquistas. "Não se imaginava que o Conselho aprovasse a questão da participação maior dos pretos, pardos e índios, e ela foi aprovada", exemplificou.

Segundo ele, o término do segundo turno e a prévia eleitoral obrigatória, que também foram aprovadas, representam outros avanços. "E mais do que isso já se fixou uma data, que não pode ser mudada, no ano que vem para continuação dessas discussões. Nunca houve antes um progresso deste nível", afirmou, ressaltando que sua avaliação era uma análise de "pessoa física e não do reitor".

Apesar dos avanços que o reitor considera ter conquistado, parte dos alunos continua planejando protestos. O movimento estudantil da USP convocou para hoje um ato público com entidades, movimentos sociais, sindicatos e professores aliados. "É o momento de mostrar que nossa mobilização conta com a solidariedade e o apoio de um amplo e importante setor dentro e fora da USP", diz o convite na página do Facebook do DCE. Há também previsto uma reunião entre estudantes para esta quinta-feira, 31, às 10h. "A chance de que nosso movimento tenha vitórias é real, desde que permaneçamos atentos", diz o outro convite.

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