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Manifestação em cemitério pede fim da violência no Rio de Janeiro

O protesto aconteceu no cemitério do Caju (zona norte), o maior do Rio, onde neste fim de semana foi enterrado o corpo de uma menina de 10 anos morta por uma bala perdida

Favela do Mandela, na zona norte do Rio, é uma das mais pobres da cidade: Mensagens faziam referência à política de segurança que as autoridades praticam desde 2008 (Vladimir Platonow/Abr)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 21h37.

Rio de Janeiro - Ativistas da ONG Rio de Paz protestaram em um cemitério, nesta segunda-feira, contra a violência nas favelas do Rio de Janeiro , e para pedir o fim das vítimas de balas perdidas dos tiroteios entre traficantes e policiais.

O protesto aconteceu no cemitério do Caju (zona norte), o maior do Rio, onde neste fim de semana foi enterrado o corpo de uma menina de 10 anos morta por uma bala perdida.

Bruna da Silva Ribeiro foi atingida na barriga por uma bala durante um tiroteio na sexta-feira passada entre agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e traficantes de droga na favela Quitandinha (zona norte).

A resposta imediata dos moradores da comunidade, onde a jovem estudante vivia com sua família, foi queimar um ônibus e fazer barricadas para bloquear as ruas como protesto.

Doze membros da associação Rio de Paz, que luta pelo respeito aos Direitos Humanos, foram nesta segunda-feira até o túmulo da menina onde posaram para as câmaras com mordaças negras na boca e mãos atadas.

Os ativistas também levavam cartazes que diziam: ''Preservar a vida dos moradores das comunidades pobres é mais importante que a prisão dos bandidos'' e ''Quem está disposto a pagar com o sangue de seu filho o custo da pacificação?''.


As mensagens dos manifestantes faziam referência à política de segurança que as autoridades praticam desde 2008, que consiste em ocupar as favelas que estão sob domínio de facções criminosas com o exército e a Polícia Militar.

Depois de controlar os bairros com grandes dispositivos policiais, o governo instalou as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), que se encarregam de vigiar as regiões.

O presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, explicou à Agência Efe que pretendem que as autoridades do Rio se preocupem mais com a vida dos moradores dos bairros do que com prender os criminosos.

A operação do Bope durante a qual morreu a menina de dez anos teria como objetivo prender os responsáveis pelo assassinato de uma soldado que foi baleada na semana passada dentro da UPP da favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão.

''É suspeito que estivessem procurando os assassinos da policial em uma favela controlada por uma facção diferente (à dos supostos responsáveis pelo crime) e onde nunca se esconderiam'', declarou Costa.

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Rio de Janeiro - Ativistas da ONG Rio de Paz protestaram em um cemitério, nesta segunda-feira, contra a violência nas favelas do Rio de Janeiro , e para pedir o fim das vítimas de balas perdidas dos tiroteios entre traficantes e policiais.

O protesto aconteceu no cemitério do Caju (zona norte), o maior do Rio, onde neste fim de semana foi enterrado o corpo de uma menina de 10 anos morta por uma bala perdida.

Bruna da Silva Ribeiro foi atingida na barriga por uma bala durante um tiroteio na sexta-feira passada entre agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e traficantes de droga na favela Quitandinha (zona norte).

A resposta imediata dos moradores da comunidade, onde a jovem estudante vivia com sua família, foi queimar um ônibus e fazer barricadas para bloquear as ruas como protesto.

Doze membros da associação Rio de Paz, que luta pelo respeito aos Direitos Humanos, foram nesta segunda-feira até o túmulo da menina onde posaram para as câmaras com mordaças negras na boca e mãos atadas.

Os ativistas também levavam cartazes que diziam: ''Preservar a vida dos moradores das comunidades pobres é mais importante que a prisão dos bandidos'' e ''Quem está disposto a pagar com o sangue de seu filho o custo da pacificação?''.


As mensagens dos manifestantes faziam referência à política de segurança que as autoridades praticam desde 2008, que consiste em ocupar as favelas que estão sob domínio de facções criminosas com o exército e a Polícia Militar.

Depois de controlar os bairros com grandes dispositivos policiais, o governo instalou as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), que se encarregam de vigiar as regiões.

O presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, explicou à Agência Efe que pretendem que as autoridades do Rio se preocupem mais com a vida dos moradores dos bairros do que com prender os criminosos.

A operação do Bope durante a qual morreu a menina de dez anos teria como objetivo prender os responsáveis pelo assassinato de uma soldado que foi baleada na semana passada dentro da UPP da favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão.

''É suspeito que estivessem procurando os assassinos da policial em uma favela controlada por uma facção diferente (à dos supostos responsáveis pelo crime) e onde nunca se esconderiam'', declarou Costa.

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