Manaus fecha hospital de campanha após queda de casos da covid-19
Desde o começo de junho, os registros do novo coronavírus na capital do Amazonas caíram pela metade, mas cientistas pedem cautela em reabertura econômica
Clara Cerioni
Publicado em 24 de junho de 2020 às 12h40.
Última atualização em 24 de junho de 2020 às 20h00.
Depois de 71 dias em funcionamento, a prefeitura de Manaus decidiu fechar o hospital de campanha que foi construído para atender pacientes com covid-19.Na terça-feira, 23, a última pessoa internada recebeu alta.
O prefeito da capital de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), disse, em publicação no Twitter, que 757 pacientes foram atendidos no hospital. Destes, 81% saíram curados.
https://twitter.com/Arthurvneto/status/1275595074861178881
Em abril, a unidade foi montada às pressas, em apenas quatro dias, depois que os casos de coronavírus explodiram em Manaus. O objetivo era desafogar o sistema de saúde da capital do Amazonas e evitar um colapso.
No pico da pandemia na cidade, no fim de maio, foram registrados 4 mil novos casos confirmados em sete dias. Este número caiu pela metade, na semana passada, chegando a 2.002 novos testes positivos para covid-19.
O prédio de uma escola infantil foi transformado em um hospital com 180 leitos, incluindo 39 de UTI. De acordo com o prefeito, o prédio voltará a funcionar como escola.
No último boletim divulgado pela prefeitura, a cidade tem 25.710 casos confirmados e mais de 1.700 mortes. Estão internadas com teste positivo para o coronavírus 310 pessoas.
Temor da 2ª onda
Apesar da queda nos casos, estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) alerta para o risco de um novo pico da contaminação pela covid-19 nos meses de julho ou agosto por conta, principalmente, da reabertura gradual do comércio em Manaus, em processo de implementação desde o começo do mês.
A equipe trabalha com elaboração de um estudo completo que deverá ser divulgado nas próximas semanas.