Macron chega à av. Paulista para debater acordo do Mercosul com Alckmin e empresários
Presidente francês faz visita de três dias ao Brasil e participa de conversas para ampliar negócios entre os dois países
Repórter de macroeconomia
Publicado em 27 de março de 2024 às 17h16.
Última atualização em 28 de março de 2024 às 10h03.
A Avenida Paulista parou, por alguns minutos, para receber opresidente da França, Emmanuel Macron , nesta terça, 27. Ele foi de carroà sede da Fiesp, debater com autoridades do governo brasileiro e entidades empresariais formas de ampliar o comércio entre Brasil e França, incluindo o acordo entre Mercosul e União Europeia.
Macron desceudo carro oficial, por volta das 16h40, na calçada em frente ao prédio e foi recebido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e por Josué Gomes, presidente da entidade. Na chegada, o francês trocou algumas palavras com Alckmin e Gomes e disse ter feito boa viagem. Ele não falou com a imprensa.
O líder francês terá reuniões fechadas e, ao final da tarde, fará o discurso de encerramento do Fórum Econômico Brasil-França, ao lado de Alckmin.
Nas conversas, as entidades e membros do governo buscarão defender com Macron o avanço do acordo UE-Mercosul . A conversa deve ter a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de Alckmin, dos presidentes da Firjan e da Fiesp e de Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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“A implementação do acordo Mercosul-UE é essencial para a diversificação das exportações e a ampliação da rede de parceiros comerciais nos países dos dois blocos. Ajudará a agregar valor às cadeias de produção e a incentivar o crescimento da economia e a criação de empregos nas duas regiões”, disse Alban.
Gomes, da Fiesp, também defendeu o acordo, em um discurso no fórum, e destacou que o acordo pode aumentar empregos dos dois lados, “especialmente para a França.
O acordo entre Mercosul e UE esteve próximo de um desfecho em 2023, mas encontrou resistência por parte do presidente Macron, que alegou riscos de uma invasão de alimentos exportados pelos países sul-americanos para a Europa.
Nos últimos meses, produtores rurais de pelo menos sete países (Alemanha, Bélgica, França, Grécia, Itália, Romênia e Polônia) fizeram protestos contra acordos de livre comércio com países fora do bloco.
Em fevereiro, o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai (atual presidente do Mercosul) disse que as negociações estão suspensas até as eleições para o Parlamento Europeu, que ocorrem em junho.
Com Estadão Conteúdo