Lula não faz parte do meu presente, faz parte do meu passado, diz Moro
Segundo Datafolha, a libertação do petista foi justa para 54% dos entrevistados e injusta para 42%
Agência O Globo
Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 14h00.
Última atualização em 10 de dezembro de 2019 às 14h01.
Brasília — O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou nesta terça-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é mais sua atribuição. O comentário foi feito em resposta a questionamento da imprensa sobre o último Datafolha, divulgado domingo. Segundo a pesquisa, a libertação do petista foi justa para 54% dos entrevistados e injusta para 42%.
"O presidente Lula foi considerado culpado por várias instâncias. As provas apontam que infelizmente ele se corrompeu. Lula não faz parte do meu presente, faz parte do meu passado e não é mais minha atribuição", declarou.
Moro também disse que seu bom desempenho no Datafolha é fruto do trabalho realizado na pasta que comanda. Segundo a pesquisa, entre os que dizem conhecê-lo, 53% avaliam sua gestão como ótima/boa. O índice é superior ao do presidente Jair Bolsonaro.
"Eu trabalho para a consecução dos objetivos do ministério, assumi o compromisso com o presidente Jair Bolsonaro que focaríamos nesses objetivos na área criminal. Trabalhar pelos objetivos e alcançar resultados. às vezes a imprensa diz: 'Moro sofre derrotas', mas o objetivo primário é reduzir o índice de crimes,e isso tem sido conseguido, o que é positivo. Houve queda de 22% nos assassinatos no Brasil neste ano, a Polícia Federal está fazendo um trabalho significativo, temos alcançado bons resultados. Essa pesquisa reflete os bons resultados. Não se faz isso para conseguir popularidade. Se vem popularidade, ótimo", disse em um evento sobre o STF.
O ministro da Justiça aproveitou para criticar excessos na imprensa e disse que o governo está no caminho certo.
"Acredito que nós estamos no caminho certo, estamos trabalhando para as coisas irem bem. Todos no governo estão fazendo isso. A imprensa tem papel fundamental, não existe democracia nem liberdade sem a imprensa, mas às vezes há excesso de drama nos questionamentos da imprensa. O país segue na normalidade, temos um futuro brilhante pela frente, o que não nos deve cegar para uma série de problemas que devem ser corrigidos", afirmou.