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Lula escala Wellington Dias para iniciar negociação por Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023

Cotado para ministério, senador terá reunião com relator do Orçamento do próximo ano

Lula: presidente eleito escala Wellington Dias para iniciar negociação por Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023 (NELSON ALMEIDA/AFP/Getty Images)
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Agência O Globo

Publicado em 1 de novembro de 2022 às 07h21.

Última atualização em 1 de novembro de 2022 às 07h22.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escalou os primeiros emissários para discutir o Orçamento de 2023 e negociar a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600, maior prioridade do petista antes da posse — o PT, aliás, planeja retomar o nome Bolsa Família a partir de 2023.

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O relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (PMDB-PI), terá na próxima quinta-feira a primeira reunião com o senador eleito Wellington Dias (PI), que será o interlocutor da equipe de Lula.

Os deputados José Guimarães (PT-CE) e Ênio Verri (PT-PR) também vão participar da reunião. Castro também terá uma reunião com o senador Jean Paul Prates (PT-RN) para tratar do assunto.

Castro apoiou Lula e é próximo a Wellington Dias — MDB e PT são aliados no Piauí há mais de 20 anos. Dias é um dos cotados para compor a equipe ministerial de Lula, inclusive no Ministério da Fazenda.

Dias afirmou que na reunião de teve nesta segunda com Lula, o presidente eleito o pediu para se reunir com Castro para conversar sobre o assunto.

— Vamos atualizar sobre execução do Orçamento de 2022 e entendimentos para elaboração do orçamento para 2023. Também teremos diálogo com presidente das duas Casas, líderes e buscando interlocutor com o Poder Executivo. O objetivo é assegurar propostas que estão no programa vitorioso nas eleições no orçamento para 2023 — disse o senador eleito.

O relator do Orçamento de 2023 tem se mostrado à disposição do PT para fazer um parecer em linha com as demandas do partido. A maior delas é manter o Auxílio Brasil em R$ 600, já que o benefício nesse valor só vale até dezembro. Essa questão, portanto, precisa ser negociada por Lula antes mesmo de tomar posse.

O diagnóstico da equipe de Lula é de que o Orçamento da forma como foi enviado pelo presidente Jair Bolsonaro, em agosto, não se sustenta e precisará ser recomposto em uma série de áreas, como educação, saúde e investimentos públicos.

Para fazer qualquer movimento, porém, será preciso ter clareza sobre o tamanho da “licença para gastar" que está sendo discutida por aliados de Lula para o próximo ano. O próprio senador tem falado que só é possível fechar seu parecer quando houver clareza sobre o espaço necessário no Orçamento do próximo ano. Esse espaço precisará ser aprovado pelo atual Congresso Nacional.

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