Lula deve permanecer internado no Sírio-Libanês até a próxima semana, diz Roberto Kalil
Segundo o médico, o presidente da República está estável, conversando normalmente, se alimentando e acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 09h59.
Após realizar uma cirurgia para conter um sangramento na região do cérebro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve permanecer internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, até a próxima segunda-feira, 16, afirmou nesta terça-feira, 10, o médico Roberto Kalil Filho, em coletiva à imprensa.
Segundo ele, Lula permanecerá na Unidade de Tepraia Intensiva (UTI) nas próximas 48 horas. Kalil ainda informou que o chefe do Executivo está acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva, está estável, conversando normalmente, se alimentando, está com as funções neurológicas preservadas e não há riscos de sequelas.
O neurologista Rogério Tuma detalhou que o sangramento na região do cérebro é uma complição comum após uma queda, principalmente em pessoas de maior idade.
"Esse é um tipo de complicação comum, principalmente em pessoas de maior idade. A pessoa tem a queda e o hematoma aparece meses depois", disse.
Decisão da equipe médica por operação em São Paulo
Kalil também explicou que Lula começou com um quadro de dor de cabeça e mal-estar depois do almoço na última segunda-feira, 10. Após contato com a equipe médica, Lula fez uma tomografia sob a supervisão da médica Ana Helena Germoglio, em que foi constatado um novo sangramento na região do cérebro. Na sequência, o presidente foi submetido a uma ressônancia.
“Durante todo o percurso e da viagem, o presidente esteve lucido, orientado, conversando, da mesma forma que está agora”, disse Kalil.
Por opção da equipe médica, Lula foi transferido para São Paulo e a operação durou em torno de duas horas, detalharam os médicos.
"Ele não teve nenhuma lesão cerebral. O presidente está tranquilo, repousando. Nada de trabalho por agora", disse Kalil.