Liderança nega que PSDB exige concessões para votar Previdência
Pela manhã, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que não há apoio no governo para encampar os pedidos de mudanças feitos pelo PSDB
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de novembro de 2017 às 17h49.
Última atualização em 29 de novembro de 2017 às 17h49.
Em reação às críticas do governo Temer e de economistas do próprio partido, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Ricardo Tripoli (SP), afirmou que é falsa a informação de que o partido exige concessões do governo para votar a proposta de reforma da Previdência . Em nota oficial, Tripoli avaliou que não há fato novo nas sugestões apresentadas para melhorar o texto.
Segundo ele, os pontos destacados pela imprensa de sugestões de alterações na proposta foram entregues pela bancada ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e ao relator da PEC, deputado Arthur Maia (PPS-BA), ainda no mês de abril, antes que o episódio JBS paralisasse a agenda legislativa e prejudicasse o andamento da reforma.
O líder do PSDB fez questão de ressaltar que é notório que as dificuldades do governo para consolidar apoio à proposta foram agravadas pelas denúncias da Procuradoria Geral da República, com a progressiva falta de coesão na base. "Não é papel da bancada do PSDB mobilizar os aliados do governo", alfinetou o líder tucano, destacando ainda que os 46 votos do PSDB seriam ainda insuficientes para suprir o déficit de apoio no plenário.
Na nota, Tripoli ressaltou que o PSDB não se guia pela impopularidade dos temas ou pela proximidade do calendário eleitoral. "A votação de medidas importantes como a PEC do Teto de Gastos, a Lei das Estatais, a Terceirização, a Reforma Trabalhista, o Marco Regulatório do Petróleo, entre tantas outras, aprovadas com sólido apoio do PSDB, confirmam nosso compromisso com a agenda de reformas e nossa opção pela responsabilidade", afirmou o líder na nota.
Pela manhã, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que não há apoio no governo para encampar os pedidos de mudanças feitos pelo PSDB. "A posição do governo neste momento é que não há apoio a novas alterações", afirmou Padilha. Economistas renomados ligados ao partido também criticaram a falta de apoio do PSDB à reforma da Previdência.