Lentidão na Marginal sobe 80% após 5 anos de expansão
A expansão da Marginal do Tietê, que completou ontem cinco anos, deixou de surtir efeitos no trânsito da cidade
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2015 às 15h58.
São Paulo - A expansão da Marginal do Tietê, que completou ontem cinco anos, deixou de surtir efeitos no trânsito da cidade. Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) indicam que, de 2010 para cá, na hora do rush da volta para casa, a lentidão média em dias úteis subiu até 80% na via.
Segundo as estatísticas oficiais, no ano de abertura da pista central da via expressa, em 2010, os engarrafamentos na Marginal do Tietê, durante o horário de pico da tarde, chegavam a 19,8 km, em média. No ano passado, esse patamar passou para 35,7 km. Na hora do rush matinal a piora foi menor, passando de 15,5 km para 16,6 km no mesmo período.
Os dados revelam também que, nos três primeiros anos de existência dos 26 km de pista central, houve uma redução do volume de congestionamentos na via, em especial no horário de pico da manhã. Entre 2010 e 2012, a lentidão média nessa faixa horária caiu de 15,5 km para 13,7 km. No ano seguinte, esse número ficou estável, mas subiu para 16,6 km em 2014. Um nível maior do que o do ano de estreia da expansão da via.
Na cidade, o trânsito também piorou. No ano passado, a capital registrava 141 km de lentidão no pico da tarde, 22% a mais que os 115 km de 2010. A "Nova Marginal" começou a ser entregue em 27 de março daquele ano pelo então governador José Serra (PSDB). No ano anterior, quando anunciou o projeto, o tucano afirmou: "Pode anotar. Não vai ter mais engarrafamento aqui".
A empresa responsável pela obra, a Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), que é controlada pelo governo do Estado, informou que a "Nova Marginal" custou R$ 1,5 bilhão. O valor é um quarto dos R$ 5,5 bilhões necessários para construir a Linha 15-Prata do Metrô, um monotrilho que também terá 26 km de extensão, na zona leste.
A explicação oficial e a de quem estuda o assunto é a mesma: a criação de grandes avenidas estruturais tende a atrair mais carros para elas, fazendo seus efeitos serem mitigados rapidamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nota da DERSA enviada a EXAME.com:
"A DERSA - Desenvolvimento Rodoviário S/A informa que desconhece o estudo da CET e por isso, não se manifestará acerca da qualidade, veracidade e abrangência dos dados. Porém, cabe avaliar que a avenida começou a ser liberada ao tráfego em 27 de março de 2010 e desde então vem sofrendo diversas modificações não contempladas no projeto inicial, tais como faixas exclusivas para ônibus, inversão de sentido de ruas que dão acesso a ela, além de novos empreendimentos que são polos geradores de tráfego. São alterações que interferem na capacidade de fluxo da Marginal e sobre as quais a DERSA não tem gestão, já que essa responsabilidade é da Prefeitura.
Portanto, não cabe à DERSA qualquer decisão quanto a novas intervenções no viário. Além disso, há outros fatores que impactam no tráfego da Capital como um todo: aumento da frota e maior circulação de veículos gerada, por exemplo, pelo aquecimento econômico registrado nos últimos anos, quando as pessoas passaram a viajar mais. A Marginal é influenciada diretamente por esses fatores por ser fundamental para o sistema viário da Capital.
É certo que esse acirramento do trânsito faria com que os impactos fossem ainda maiores sem as intervenções realizadas há cinco anos, que hoje evitam congestionamentos ainda mais intensos.
O Governo do Estado investiu no empreendimento R$ 1,555 bilhão (R$ 928 milhões de obras e R$ 627 milhões de compensações ambientais, projeto, desapropriações, gerenciamento, supervisão e interferências)."
São Paulo - A expansão da Marginal do Tietê, que completou ontem cinco anos, deixou de surtir efeitos no trânsito da cidade. Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) indicam que, de 2010 para cá, na hora do rush da volta para casa, a lentidão média em dias úteis subiu até 80% na via.
Segundo as estatísticas oficiais, no ano de abertura da pista central da via expressa, em 2010, os engarrafamentos na Marginal do Tietê, durante o horário de pico da tarde, chegavam a 19,8 km, em média. No ano passado, esse patamar passou para 35,7 km. Na hora do rush matinal a piora foi menor, passando de 15,5 km para 16,6 km no mesmo período.
Os dados revelam também que, nos três primeiros anos de existência dos 26 km de pista central, houve uma redução do volume de congestionamentos na via, em especial no horário de pico da manhã. Entre 2010 e 2012, a lentidão média nessa faixa horária caiu de 15,5 km para 13,7 km. No ano seguinte, esse número ficou estável, mas subiu para 16,6 km em 2014. Um nível maior do que o do ano de estreia da expansão da via.
Na cidade, o trânsito também piorou. No ano passado, a capital registrava 141 km de lentidão no pico da tarde, 22% a mais que os 115 km de 2010. A "Nova Marginal" começou a ser entregue em 27 de março daquele ano pelo então governador José Serra (PSDB). No ano anterior, quando anunciou o projeto, o tucano afirmou: "Pode anotar. Não vai ter mais engarrafamento aqui".
A empresa responsável pela obra, a Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), que é controlada pelo governo do Estado, informou que a "Nova Marginal" custou R$ 1,5 bilhão. O valor é um quarto dos R$ 5,5 bilhões necessários para construir a Linha 15-Prata do Metrô, um monotrilho que também terá 26 km de extensão, na zona leste.
A explicação oficial e a de quem estuda o assunto é a mesma: a criação de grandes avenidas estruturais tende a atrair mais carros para elas, fazendo seus efeitos serem mitigados rapidamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nota da DERSA enviada a EXAME.com:
"A DERSA - Desenvolvimento Rodoviário S/A informa que desconhece o estudo da CET e por isso, não se manifestará acerca da qualidade, veracidade e abrangência dos dados. Porém, cabe avaliar que a avenida começou a ser liberada ao tráfego em 27 de março de 2010 e desde então vem sofrendo diversas modificações não contempladas no projeto inicial, tais como faixas exclusivas para ônibus, inversão de sentido de ruas que dão acesso a ela, além de novos empreendimentos que são polos geradores de tráfego. São alterações que interferem na capacidade de fluxo da Marginal e sobre as quais a DERSA não tem gestão, já que essa responsabilidade é da Prefeitura.
Portanto, não cabe à DERSA qualquer decisão quanto a novas intervenções no viário. Além disso, há outros fatores que impactam no tráfego da Capital como um todo: aumento da frota e maior circulação de veículos gerada, por exemplo, pelo aquecimento econômico registrado nos últimos anos, quando as pessoas passaram a viajar mais. A Marginal é influenciada diretamente por esses fatores por ser fundamental para o sistema viário da Capital.
É certo que esse acirramento do trânsito faria com que os impactos fossem ainda maiores sem as intervenções realizadas há cinco anos, que hoje evitam congestionamentos ainda mais intensos.
O Governo do Estado investiu no empreendimento R$ 1,555 bilhão (R$ 928 milhões de obras e R$ 627 milhões de compensações ambientais, projeto, desapropriações, gerenciamento, supervisão e interferências)."