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Lava Jato apresenta denúncias contra Gim Argello

Além do ex-senador, o empresário de Santo André Ronan Maria Pinto, suspeito de envolvimento na morte do ex-prefeito petista Celso Daniel também foi denunciado


	Gim Argello: o ex-senador foi preso no mês passado pela Polícia Federal na 28ª fase da Lava Jato
 (Geraldo Magela/Divulgação)

Gim Argello: o ex-senador foi preso no mês passado pela Polícia Federal na 28ª fase da Lava Jato (Geraldo Magela/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2016 às 15h01.

Curitiba - Os procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato apresentaram nesta sexta-feira à Justiça denúncias contra o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e o empresário de Santo André Ronan Maria Pinto, suspeito de envolvimento na morte do ex-prefeito petista Celso Daniel, por suposta participação em crimes separados no âmbito da investigação do esquema de corrupção.

Argello é acusado de obstrução aos trabalhos de CPIs da Petrobras no Congresso em troca de pagamentos de executivos de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na estatal.

O ex-senador foi preso no mês passado pela Polícia Federal na 28ª fase da Lava Jato, intitulada operação Vitória de Pirro, acusado de ter atuado para evitar a convocação dos executivos para prestar depoimento a CPIs no Congresso em troca de pagamentos a partidos políticos.

As investigações colheram provas de pagamento de propina a Argello, que era vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras em 2014, pelas empreiteiras UTC Engenharia (5 milhões de reais), OAS (350 mil reais), Toyo Setal (2 milhões de reais) e Odebrecht (200 mil reais).

Ele e outras 10 pessoas, incluindo os empreiteiros Marcelo Odebrecht, Ricardo Pessoa (UTC) e Leo Pinheiro (OAS), foram denunciadas pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e obstrução à investigação.

Em uma denúncia separada, o Ministério Público Federal também apresentou acusações formais contra o empresário Ronan Maria Pinto pelo crime de lavagem de dinheiro envolvendo cerca de 6 milhões de reais, proveniente de um empréstimo fraudulento do banco Schahin.

O valor representa metade de um total de 12 milhões de reais que foram repassados pelo banco ao pecuarista José Carlos Bumlai, também preso pela Lava Jato, tendo como destinatário o PT, que foi pago por meio da contratação irregular do grupo Schahin pela Petrobras para operação de um navio sonda, de acordo com o MPF.

Ronan Maria Pinto foi preso pela Lava Jato no início de abril junto ao ex-secretário do PT Silvio Pereira.

O empresário já foi condenado por envolvimento em um esquema de pagamento de propinas na prefeitura de Santo André durante a gestão do ex-prefeito Celso Daniel, morto em 2002, o que aproximou a operação das investigações sobre a morte do petista.

Junto a Ronan Maria Pinto foram denunciadas mais oito pessoas, incluindo o ex-tesoureiro do PT Delubio Soares e o operador financeiro Marcos Valério, ambos já condenados no julgamento do escândalo do mensalão no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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