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Ladrões queimam dentista viva por ela só ter R$ 30

Três bandidos invadiram o consultório da vítima em São Bernardo do Campo, no ABC paulista

Crime: quando os bandoidos descobriram que a dentista tinha apenas R$ 30 na conta, a queimaram viva (Stock.Xchange)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 09h38.

São Paulo - Criminosos atearam fogo e mataram a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, na tarde de quinta-feira, 25, em São Bernardo do Campo, no ABC.

O crime aconteceu na Rua Copacabana, por volta das 12h30, minutos depois de o governo divulgar os números de criminalidade do primeiro trimestre, mostrando que os latrocínios cresceram 18,8% no Estado em comparação ao mesmo período do ano passado.

Três bandidos invadiram o consultório da vítima e anunciaram o assalto. Cynthia disse que estava com pouco dinheiro, mas forneceu o cartão do banco e a senha. Dois dos bandidos foram a um posto de combustível fazer o saque. Quando descobriram que a dentista tinha apenas R$ 30, a queimaram viva.

Segundo o delegado seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho, a polícia acredita que um quarto bandido aguardava na frente do consultório, dentro de um Audi preto.

Ele desconfia que uma quadrilha especializada em assaltos a consultórios esteja agindo na região. "Temos investigações em andamento, já temos imagens de um dos bandidos e em pouco espaço de tempo vamos tirá-los de circulação."

Investigadores do 83.º DP de São Paulo, no Sacomã, disseram que um assalto a um consultório, em que quatro criminosos usaram o mesmo tipo de veículo do crime em São Bernardo, também ocorreu no dia 12 de abril no bairro.

O consultório de Cinthya funcionava nos fundos de sua casa. Ela morava com os pais e uma irmã, que tem deficiência mental. O pai dela, Viriato Gomes de Souza, de 70 anos, afirmou que ela não costumava ficar sozinha em casa no horário do almoço. "Ela ia buscar a irmã na escola, mas, como tinha uma paciente, eu fui com a minha mulher."


Cinthya atendia uma paciente - cujo nome não foi divulgado - quando os criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos disse que precisava de atendimento odontológico e a dentista abriu o portão. Logo, mais dois invadiram a casa. A paciente ficou com os olhos vendados durante todo o assalto e teve a bolsa, o celular e dinheiro roubados.

Segundo o delegado seccional, a paciente - que não ficou ferida - conseguia ouvir a dentista gritando "não faz isso" e pedindo socorro. "Ela tentou apagar o fogo quando os bandidos fugiram, mas não foi possível. A dentista morreu em menos de três minutos."

Vizinha de Cinthya, Lindacim de Olivera, de 54 anos, sentiu o cheiro de queimado e ouviu os gritos da dentista. Foi ela quem chamou o Corpo de Bombeiros. "Ouvi alguém pedindo socorro e fui até o portão do consultório ver o que estava acontecendo."

Quando o pai chegou à rua, viu a movimentação na frente de casa. Foi avisado pelos vizinhos da morte da filha. "Quis entrar, tentei reanimá-la, mas já não dava para fazer nada."

Emocionado, ele diz não saber o motivo de tamanha brutalidade. "Ela era uma pessoa boa, sem inimigos. Agora, a gente não sabe o que vai fazer da vida, se continuará morando lá. Espero que ninguém precise passar pela dor que estou passando."

Às 20h de quinta-feira, 25, PMs identificaram a dona do Audi preto. Segundo a polícia, o veículo pertence à mãe de um dos bandidos. O plano é chegar ao bando com base nas informações dadas pela mulher.

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São Paulo - Criminosos atearam fogo e mataram a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, na tarde de quinta-feira, 25, em São Bernardo do Campo, no ABC.

O crime aconteceu na Rua Copacabana, por volta das 12h30, minutos depois de o governo divulgar os números de criminalidade do primeiro trimestre, mostrando que os latrocínios cresceram 18,8% no Estado em comparação ao mesmo período do ano passado.

Três bandidos invadiram o consultório da vítima e anunciaram o assalto. Cynthia disse que estava com pouco dinheiro, mas forneceu o cartão do banco e a senha. Dois dos bandidos foram a um posto de combustível fazer o saque. Quando descobriram que a dentista tinha apenas R$ 30, a queimaram viva.

Segundo o delegado seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho, a polícia acredita que um quarto bandido aguardava na frente do consultório, dentro de um Audi preto.

Ele desconfia que uma quadrilha especializada em assaltos a consultórios esteja agindo na região. "Temos investigações em andamento, já temos imagens de um dos bandidos e em pouco espaço de tempo vamos tirá-los de circulação."

Investigadores do 83.º DP de São Paulo, no Sacomã, disseram que um assalto a um consultório, em que quatro criminosos usaram o mesmo tipo de veículo do crime em São Bernardo, também ocorreu no dia 12 de abril no bairro.

O consultório de Cinthya funcionava nos fundos de sua casa. Ela morava com os pais e uma irmã, que tem deficiência mental. O pai dela, Viriato Gomes de Souza, de 70 anos, afirmou que ela não costumava ficar sozinha em casa no horário do almoço. "Ela ia buscar a irmã na escola, mas, como tinha uma paciente, eu fui com a minha mulher."


Cinthya atendia uma paciente - cujo nome não foi divulgado - quando os criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos disse que precisava de atendimento odontológico e a dentista abriu o portão. Logo, mais dois invadiram a casa. A paciente ficou com os olhos vendados durante todo o assalto e teve a bolsa, o celular e dinheiro roubados.

Segundo o delegado seccional, a paciente - que não ficou ferida - conseguia ouvir a dentista gritando "não faz isso" e pedindo socorro. "Ela tentou apagar o fogo quando os bandidos fugiram, mas não foi possível. A dentista morreu em menos de três minutos."

Vizinha de Cinthya, Lindacim de Olivera, de 54 anos, sentiu o cheiro de queimado e ouviu os gritos da dentista. Foi ela quem chamou o Corpo de Bombeiros. "Ouvi alguém pedindo socorro e fui até o portão do consultório ver o que estava acontecendo."

Quando o pai chegou à rua, viu a movimentação na frente de casa. Foi avisado pelos vizinhos da morte da filha. "Quis entrar, tentei reanimá-la, mas já não dava para fazer nada."

Emocionado, ele diz não saber o motivo de tamanha brutalidade. "Ela era uma pessoa boa, sem inimigos. Agora, a gente não sabe o que vai fazer da vida, se continuará morando lá. Espero que ninguém precise passar pela dor que estou passando."

Às 20h de quinta-feira, 25, PMs identificaram a dona do Audi preto. Segundo a polícia, o veículo pertence à mãe de um dos bandidos. O plano é chegar ao bando com base nas informações dadas pela mulher.

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