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Japão estreita laços com Otan atento ao avanço da China

Primeiro-ministro japonês assinou um novo acordo de parceria com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta terça

Shinzo Abe: acordo irá aprofundar a cooperação japonesa com a aliança militar ocidental em áreas como contra-pirataria, assistência em situações de desastres e ajuda humanitária (Toshifumi Kitamura/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 20h44.

Bruxelas - Preocupado com o aumento crescente dos gastos militares chineses e a disputa pelas ilhas no leste do Mar da China, o primeiro-ministro do Japão , Shinzo Abe, assinou um novo acordo de parceria com a Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan ) nesta terça-feira.

O acordo, firmado por Abe e pelo secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, durante a visita do premiê à sede da organização, em Bruxelas, irá aprofundar a cooperação japonesa com a aliança militar ocidental em áreas como contra-pirataria, assistência em situações de desastres e ajuda humanitária.

Depois de se dirigir aos embaixadores das 28 nações da Otan, Abe traçou um paralelo entre a situação na Ucrânia, onde a Rússia ocupou e anexou a Crimeia, e a Ásia, em uma aparente alusão ao impasse entre Pequim e Tóquio em torno das ilhas desabitadas conhecidas como Senkaku pelos japoneses e Diaoyu pelos chineses.

"Não iremos tolerar qualquer mudança no status quo pela intimidação ou coerção ou força. Isso não se aplica só à Europa e à Ucrânia, mas ao leste da Ásia e todo o mundo", afirmou Abe em uma entrevista coletiva conjunta com Rasmussen.

Abe exortou os partidos políticos da Rússia e da Ucrânia a reconhecer a legitimidade da eleição presidencial ucraniana prevista para 25 de maio, o que o Ocidente vê como crucial para estabilizar o país depois de semanas de agravamento da violência.

"Ao mesmo tempo, para resolver o problema temos que dialogar com a Rússia", disse Abe.

A Otan declarou que não irá se envolver militarmente na Ucrânia, mas reforçou a segurança dos membros europeus da aliança que se preocupam com a renovada contundência russa.

Além das medidas já tomadas para mobilizar mais aviões, navios e tropas para o leste europeu, a Otan "não hesitaria em tomar novas ações, se necessário, para garantir a defesa efetiva e a proteção de nossos aliados", afirmou Rasmussen.

Abe, que visitou o quartel-general da Otan pela primeira vez em 2007, está interessado há tempos no fortalecimento das relações japonesas com a aliança, dominada pelos Estados Unidos.

Analistas dizem que o objetivo do Japão é reforçar o apoio diplomático em relação às suas preocupações de segurança, especialmente o crescimento militar chinês e o lançamento de mísseis e testes nucleares da Coreia do Norte.

"O Japão não espera realmente que a Otan desempenhe um papel militar direto na região Ásia-Pacífico, mas espera que seus aliados compartilhem percepções e abordagens", disse Michito Tsuruoka, pesquisador sênior do Instituto Nacional de Estudos de Defesa do Japão, em uma monografia para a Escola de Defesa da Otan no ano passado.

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Bruxelas - Preocupado com o aumento crescente dos gastos militares chineses e a disputa pelas ilhas no leste do Mar da China, o primeiro-ministro do Japão , Shinzo Abe, assinou um novo acordo de parceria com a Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan ) nesta terça-feira.

O acordo, firmado por Abe e pelo secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, durante a visita do premiê à sede da organização, em Bruxelas, irá aprofundar a cooperação japonesa com a aliança militar ocidental em áreas como contra-pirataria, assistência em situações de desastres e ajuda humanitária.

Depois de se dirigir aos embaixadores das 28 nações da Otan, Abe traçou um paralelo entre a situação na Ucrânia, onde a Rússia ocupou e anexou a Crimeia, e a Ásia, em uma aparente alusão ao impasse entre Pequim e Tóquio em torno das ilhas desabitadas conhecidas como Senkaku pelos japoneses e Diaoyu pelos chineses.

"Não iremos tolerar qualquer mudança no status quo pela intimidação ou coerção ou força. Isso não se aplica só à Europa e à Ucrânia, mas ao leste da Ásia e todo o mundo", afirmou Abe em uma entrevista coletiva conjunta com Rasmussen.

Abe exortou os partidos políticos da Rússia e da Ucrânia a reconhecer a legitimidade da eleição presidencial ucraniana prevista para 25 de maio, o que o Ocidente vê como crucial para estabilizar o país depois de semanas de agravamento da violência.

"Ao mesmo tempo, para resolver o problema temos que dialogar com a Rússia", disse Abe.

A Otan declarou que não irá se envolver militarmente na Ucrânia, mas reforçou a segurança dos membros europeus da aliança que se preocupam com a renovada contundência russa.

Além das medidas já tomadas para mobilizar mais aviões, navios e tropas para o leste europeu, a Otan "não hesitaria em tomar novas ações, se necessário, para garantir a defesa efetiva e a proteção de nossos aliados", afirmou Rasmussen.

Abe, que visitou o quartel-general da Otan pela primeira vez em 2007, está interessado há tempos no fortalecimento das relações japonesas com a aliança, dominada pelos Estados Unidos.

Analistas dizem que o objetivo do Japão é reforçar o apoio diplomático em relação às suas preocupações de segurança, especialmente o crescimento militar chinês e o lançamento de mísseis e testes nucleares da Coreia do Norte.

"O Japão não espera realmente que a Otan desempenhe um papel militar direto na região Ásia-Pacífico, mas espera que seus aliados compartilhem percepções e abordagens", disse Michito Tsuruoka, pesquisador sênior do Instituto Nacional de Estudos de Defesa do Japão, em uma monografia para a Escola de Defesa da Otan no ano passado.

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