Indicação de novo ministro da Saúde e definição do auxílio agitam Brasília
Renovação do programa de redução de jornada e salário e aprovação de marco regulatório do gás também estão na pauta do Congresso
Carla Aranha
Publicado em 15 de março de 2021 às 06h00.
Última atualização em 15 de março de 2021 às 06h21.
A semana começa agitada em Brasília. O Palácio do Planalto deve decidir quem será o novo ministro da Saúde. As conversas sobre a substituição do general Eduardo Pazuello evoluíram nos últimos dias.
No domingo, 14, o jornal O Globo publicou que Pazuello havia pedido demissão alegando questões de saúde, mas no início da noite de domingo, o Ministério da Saúde publicou nota afirmando que Pazuello segue ministro e que "se encontra em perfeito estado de saúde e não há nenhum pedido de demissão do ministro ao presidente da República."
A troca no comando do ministério, no entanto, é dada como certa nesta semana. Estão na disputa médicos como a cardiologista Ludhmilla Abrahão Hajjar, do Incor, especialista no tratamento da Covid-19, e nomes mais ligados ao Centrão, como o deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Júnior (PP-RJ), que também é médico.
Mas a semana em Brasília promete. A PEC Emergencial , que libera 44 milhões de reais para a nova rodada do auxílio, fora do teto de gastos, deverá ser promulgada nesta segunda-feira, dia 15. Com isso, o governo poderá publicar uma medida provisória para encaminhar ao Congresso o valor mensal do socorro à população vulnerável, mais afetada pela crise do coronavírus. A expectativa é que as parcelas sejam de cerca de 250 reais, pagas durante três ou quatro meses.
Outra medida que deve ser anunciada essa semana é a prorrogação do programa de redução de jornada e salário, criado no ano passado com o intuito de salvar empregos durante a pandemia. Há pelos menos duas semanas, Paulo Guedes, ministro da Economia, vem sinalizando a empresários que o benefício deverá ser renovado. Segundo interlocutores próximos ao governo, só estaria faltando a promulgação da PEC.
É esperado também avanços na discussão sobre a reforma administrativa, que começou a ser debatida na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. A reforma tributária, por sua vez, deverá contar com a apresentação de relatório pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP/PB).
O marco regulatório do gás, que permitea exploração do transporte de gás natural e a construção de gasodutos pela iniciativa privada, quebrando o monopólio da Petrobras, também deverá ser votado essa semana, depois de uma série de adiamentos.
A nova lei de cabotagem, a BR do Mar, é outro projeto já com previsão de apreciação pelo Congresso. Segundo Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, o projeto deverá ser votado no dia 23. A expectativa é que o relator, o senador Nelsinho Trad (PSD/MS) finalize suas considerações a respeito da proposição essa semana.
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