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IBGE: isenção de impostos sobre veículos ajudou vendas, mas não impactou produção

Isso fica claro no movimento da categoria de bens de consumo duráveis, na qual os veículos se encaixam, cuja produção caiu 4 6% em junho na comparação com maio

Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, informou o IBGE, a fabricação de automóveis especificamente avançou 1,1% (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
Agência Brasil

Agência de notícias

Publicado em 1 de agosto de 2023 às 12h50.

O pacote de isenção de impostos nacompra de carros 0kmaté R$ 120 mil anunciado pelo governo federal no fim de maio ajudou em vendas, mas ainda não teve impacto sobre a produção de veículos, afirma o gerente da Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.

Isso fica claro no movimento da categoria de bens de consumo duráveis, na qual os veículos se encaixam, cuja produção caiu 4 6% em junho na comparação com maio e teve queda de 3,9% ante junho de 2022. Caso o pacote do governo tivesse estimulado a produção de carros, isso teria se refletido na variação da produção de bens duráveis na margem. No acumulado do ano, a categoria ainda tem alta de 5,7% e, em doze meses, de 5,9%.

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Efeito das isenções

Segundo Macedo, neste primeiro momento, o efeito das isenções recaiu mais sobre a diminuição de estoques do que, de fato, sobre a produção de veículos novos pela indústria automotiva. "O setor (automotivo) vinha se caracterizando por estoques muito acima no início do ano, com paralisações e férias coletivas por esse motivo", lembra o analista.

Ele afirma que a taxa de juros em patamares elevados, o que atrapalha a indústria, e a dificuldade na concessão do crédito, ainda caro, além das altas taxas de inadimplência, têm forte efeito sobre o comportamento produtivo dos bens de consumo duráveis, caso dos carros.

Ainda assim, na comparação com o segundo trimestre do ano passado, informou o IBGE, a fabricação de automóveis especificamente avançou 1,1%.

Nessa base, outros itens duráveis avançaram bem mais: eletrodomésticos (10,2%), com a produção da linha branca avançando 0,3%, da linha marrom, 18,1%; equipamentos de transporte (11,8%). Nessa categoria, a única produção que caiu foi a de equipamentos de mobiliário (-6,0%).

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