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Haddad diz que foi surpreendido por protesto de motoristas

Segundo o prefeito, a administração municipal estava acompanhando as negociações entre os motoristas e as empresas de ônibus

Fernando Haddad: prefeito disse desconhecer causas do protesto ou responsáveis pelas ações (Valter Campanato/ABr)
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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 21h51.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad , disse, na noite de hoje (20), que foi surpreendido pelo protesto de motoristas que paralisou metade dos 28 terminais de ônibus da capital.

“Para nós, é completamente inesperado, inadmissível e incompreensível que a população venha a pagar por algo que ela sequer conhece, assim como nós”, afirmou, referindo-se à paralisação que chegou a deixar cerca de 230 mil pessoas sem transporte, nos horários de pico.

Segundo o prefeito, a administração municipal estava acompanhando as negociações entre os motoristas e as empresas de ônibus.

Apesar disso, Haddad disse desconhecer as causas do protesto ou os responsáveis pelas ações.

“Não houve nenhum comunicado para que a prefeitura ou o sindicato pudessem interferir na situação”, enfatizou.

O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, disse que a pasta está preparando um dossiê para que o Ministério Público possa investigar os fatos.

Ele destacou que pretende acionar as polícias Federal e Civil para ajudar na apuração.

Apesar de não apontar os responsáveis, Tatto disse que há indícios de que a ação é resultado de uma disputa interna no sindicato dos motoristas.

“Tudo indica que é um problema de divergência política dentro do sindicato”.

Segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, mais de 4 mil trabalhadores compareceram à assembleia, que ocorreu no fim da tarde de ontem (19).

Nela, eles aprovaram a proposta que garante reajuste de 10% no salário, vale-alimentação mensal no valor de R$ 445,50, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 850,00, melhoria dos produtos da cesta básica, 180 dias de licença-maternidade e reconhecimento da insalubridade, dando o direito à aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho.

Desde a manhã de hoje, entretanto, um grupo de motoristas e cobradores atuou para impedir a circulação de coletivos na cidade, atravessando os veículos nas saídas dos terminais e nas ruas.

De acordo com Tatto, em muitos casos, as chaves dos ônibus foram jogadas e os pneus, furados.

Por volta das 19h, o Terminal Bandeira, que fica no Vale do Anhangabaú, centro da cidade, ainda estava completamente paralisado. As entradas e saídas foram bloqueadas com ônibus com pneus murchos.

Pelos alto-falantes, os passageiros eram avisados de que o terminal estava sem operação e que não havia previsão para retorno das atividades. Nenhum motorista estava no local.

Mesmo assim, algumas pessoas esperavam nas plataformas a circulação de ônibus. O estudante Vinicius Carvalho contou que estava há mais de 40 minutos esperando a condução para a faculdade, que fica na Vila Olímpia, zona sul.

“Tinha ouvido falar da paralisação, mas não sabia que o Terminal Bandeira tinha parado”, contou o rapaz, que chegou ao local por meio do metrô da zona leste. “Espero conseguir pegar o ônibus”, disse.

Josefa Pereira contou que chegou ao terminal às 16h e estava “revoltada” com a situação. Recém-chegada de viagem, ela enfrentou problemas ao desembarcar no Terminal da Barra Funda, pela manhã.

Agora, não sabia se conseguiria voltar para a casa, no Capão Redondo, zona sul. “Dei sorte de achar essas duas revistas no lixo, para ficar olhando”, amenizou.

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São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad , disse, na noite de hoje (20), que foi surpreendido pelo protesto de motoristas que paralisou metade dos 28 terminais de ônibus da capital.

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Segundo o prefeito, a administração municipal estava acompanhando as negociações entre os motoristas e as empresas de ônibus.

Apesar disso, Haddad disse desconhecer as causas do protesto ou os responsáveis pelas ações.

“Não houve nenhum comunicado para que a prefeitura ou o sindicato pudessem interferir na situação”, enfatizou.

O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, disse que a pasta está preparando um dossiê para que o Ministério Público possa investigar os fatos.

Ele destacou que pretende acionar as polícias Federal e Civil para ajudar na apuração.

Apesar de não apontar os responsáveis, Tatto disse que há indícios de que a ação é resultado de uma disputa interna no sindicato dos motoristas.

“Tudo indica que é um problema de divergência política dentro do sindicato”.

Segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, mais de 4 mil trabalhadores compareceram à assembleia, que ocorreu no fim da tarde de ontem (19).

Nela, eles aprovaram a proposta que garante reajuste de 10% no salário, vale-alimentação mensal no valor de R$ 445,50, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 850,00, melhoria dos produtos da cesta básica, 180 dias de licença-maternidade e reconhecimento da insalubridade, dando o direito à aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho.

Desde a manhã de hoje, entretanto, um grupo de motoristas e cobradores atuou para impedir a circulação de coletivos na cidade, atravessando os veículos nas saídas dos terminais e nas ruas.

De acordo com Tatto, em muitos casos, as chaves dos ônibus foram jogadas e os pneus, furados.

Por volta das 19h, o Terminal Bandeira, que fica no Vale do Anhangabaú, centro da cidade, ainda estava completamente paralisado. As entradas e saídas foram bloqueadas com ônibus com pneus murchos.

Pelos alto-falantes, os passageiros eram avisados de que o terminal estava sem operação e que não havia previsão para retorno das atividades. Nenhum motorista estava no local.

Mesmo assim, algumas pessoas esperavam nas plataformas a circulação de ônibus. O estudante Vinicius Carvalho contou que estava há mais de 40 minutos esperando a condução para a faculdade, que fica na Vila Olímpia, zona sul.

“Tinha ouvido falar da paralisação, mas não sabia que o Terminal Bandeira tinha parado”, contou o rapaz, que chegou ao local por meio do metrô da zona leste. “Espero conseguir pegar o ônibus”, disse.

Josefa Pereira contou que chegou ao terminal às 16h e estava “revoltada” com a situação. Recém-chegada de viagem, ela enfrentou problemas ao desembarcar no Terminal da Barra Funda, pela manhã.

Agora, não sabia se conseguiria voltar para a casa, no Capão Redondo, zona sul. “Dei sorte de achar essas duas revistas no lixo, para ficar olhando”, amenizou.

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