Greve desta sexta deve ser menor por racha nos sindicatos
ÀS SETE - Os três maiores sindicatos do país (CUT, CTB e Força Sindical) não têm entrado em consenso sobre as diretrizes da paralisação
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2017 às 06h13.
Última atualização em 29 de junho de 2017 às 07h56.
Os metroviários de São Paulo se reúnem nesta quinta-feira para decidir se aderem ou não à greve geral convocada por centrais sindicais para esta sexta-feira. A decisão pode ser por não parar ou por uma paralisação de apenas uma hora ou de 24 horas. Seria a terceira vez que os metroviários param no ano.
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seçãoÀs Setee comece o dia bem informado:
- Crivella adia por 30 dias entrega de plano de metas do Rio
- Após 14 anos, governo deve mudar meta da inflação do país
- Otan deve ceder pressões de Trump e aumentar gastos militares
- Curtas – o que houve de mais importante ontem
A paralisação nacional convocada pelas centrais é contra as reformas trabalhista e da Previdência mas deve pedir a saída do presidente Michel Temer.
A decisão é importante porque funcionará como um termômetro para a greve de sexta, uma vez que outras duas categorias importantes para a efetividade da paralisação – os funcionários dos ônibus e de trens – decidiram não parar.
Sem o transporte público funcionando na totalidade, trabalhadores ficam com receio de sair de casa e não conseguirem chegar aos empregos, ou mesmo voltar para casa. Por dia, o metrô de São Paulo transporta 3,7 milhões de pessoas.
Ainda assim, mesmo que os funcionários do metrô decidam parar, a greve geral desta sexta deve ser menor do que a última, do dia 28 de abril.
Parte disso pelo racha que aconteceu entre as centrais. Enquanto a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior delas, e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) defendem uma paralisação ampla, a Força Sindical, liderada pelo Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que é um aliado de Temer, diz que haverá apenas manifestações e atos pontuais.
Paulinho sabe que um protesto grande poderia fragilizar ainda mais o presidente. Por outro lado, é publicamente contrário às reformas. Assim, fica entre a cruz e a espada. A postura da Força vem sendo criticada por outras entidades.
“Se algumas centrais resolveram recuar, acreditando na história de uma medida provisória do Temer que minimize o problema [da reforma trabalhista], nós não vamos retroceder um passo”, disse Guilherme Boulos, coordenador da Frente Povo sem Medo, uma das articuladoras da paralisação, na página da entidade no Facebook. A greve geral de sexta está programada para diversas cidades do país.