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Governo Lula é bom ou ótimo para 39,5% e ruim ou péssimo para 41,2%, diz pesquisa Futura

Pesquisa revela empate técnico entre avaliação positiva e negativa do petista, dentro da margem de erro

Lula: Pesquisa Futura aponta empate técnico entre avaliação positiva e negativa. (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 31 de agosto de 2024 às 09h08.

Última atualização em 31 de agosto de 2024 às 12h08.

O percentual de eleitores que avaliam o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ótimo ou bom é de 39,5%, enquanto os que consideram ruim ou péssimo é de 41,2%, aponta a pesquisa do instituto Futura Inteligência divulgada neste sábado, 31. Pela margem de erro, que é de 3,1 pontos percentuais, a avaliação positiva e negativa estão tecnicamente empatadas.

O levantamento mostra ainda que 18,5% consideram o trabalho regular, e 0,9% não sabem ou não responderam sobre o governo do petista. Essa é a segunda vez que a avaliação negativa fica numericamente acima da positiva na série histórica da pesquisa, que conta com seis rodadas.

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Na comparação com a última pesquisa Futura, a avaliação negativa teve uma oscilação negativa de três pontos percentuais, de 44,2% para 41,2%, enquanto a positiva teve uma variação positiva de dois pontos percentuais, de 37,5% para 39,5%.

Lula é melhor avaliado entre mulheres, acima de 45 anos, com ensino fundamental completo, com renda de até um salário mínimo, católica e do Nordeste e Sudeste. Já a maioria com opinião negativa em relação ao governo são homens, entre 25 e 44 anos, com ensino médio e superior completo, com renda acima de dois salários mínimos, evangélico, do Sul, Norte e Centro-Oeste, e que moram nas capitais.

Segundo o estudo, os números demonstram que, apesar da imagem do petista ter melhorado em comparação à pesquisa anterior, essa reversão de tendência não foi suficiente para colocar a avaliação positiva em um patamar superior às demais. Por fim, vale ressaltar que o índice de avaliações regulares voltou a oscilar positivamente, pois passou de 17,1% em junho para 18,5% em agosto de 2024.

Percepção econômica melhora, mas preocupação com inflação persiste

A reversão do cenário ruim para Lula em relação à última pesquisa feita pela Futura tem relação com a melhora da percepção do eleitorado com a economia do país. Os entrevistados que afirmam que a situação econômica do Brasil está ruim ou péssima caiu 3,6 pontos percentuais, de 44,2% para 40,6%. A percepção positiva oscilou de 15,1% para 16,9%, e a regular teve uma variação de 39,6% para 40,4%.

Na geração de empregos, por exemplo, a opinião do eleitor se mostrou mais favorável a Lula. Cem dias atrás, eram 42,8% que avaliavam como negativa a atuação da União na geração de empregos; em agosto, esse número reduziu para 35,9%. Na última sexta-feira, o IBGE revelou que a taxa de desemprego em julho foi de 6,8% em julho, menor número desde 2015, com recorde na taxa de ocupação e mínima na desocupação.

Apesar disso, a população mostra preocupação com a resiliência dos aumentos de preço no país. Assim, o índice daqueles que avaliam mal o governo no combate à inflação permaneceu relativamente estável, ainda que com leve queda, de 49,1% em junho para 47,1% em agosto.

Avaliação positiva despenca no Norte

No recorte regional, a avaliação negativa de Lula na região Norte teve um salto de 9,7 pontos percentuais, de 41,5% para 51,2%. Já o percentual que avalia positivamente o governo teve uma queda acentuada de 21,7 pontos percentuais, de 48% para 26,3%. Essa é a terceira vez que a avaliação negativa supera a positiva no Norte, mas a diferença entre as duas é a maior da série histórica.

No Sudeste, a avaliação "Ótimo/Bom" subiu após trezentos dias de queda, de 33,1% para 41,8%. Assim, voltou a superar o índice de avaliação negativa, que caiu de 45,4% para 38,5%. A avaliação regular oscilou ligeiramente e permanece estável na série histórica, de 20,8% para 18,7%.

O Nordeste continua sendo a região onde Lula tem o melhor resultado. A avaliação "Ótimo/Bom" voltou a crescer após queda nas pesquisas anteriores, de 47,6% em junho para 51% em agosto, mas ainda abaixo do pico positivo constatado em julho de 2023, que foi de 53,5%. A avaliação "Ruim/Péssimo" caiu de 35,9% para 30,5%. A avaliação "Regular” oscilou positivamente, passando de 15,8% para 18,2%.

No Centro-Oeste, a avaliação "Ótimo/Bom" atingiu a mínima histórica desde o início do governo, 20,2%. Dessa forma, foi superada até mesmo pela porcentagem daqueles que avaliam o presidente como regular, que é de 24,5%. O índice de avaliação “Ruim/Péssimo" segue tendência de alta desde outubro de 2023, culminando em 55,3% dos entrevistados na região.

No Sul, a avaliação negativa voltou a atingir o máximo, subindo de 54% para 57,9%. A avaliação "Ótimo/Bom" segue em queda, de 31,2% em junho para 26,7% em agosto. A avaliação “Regular" subiu, de 12,3% para 15,4%.

A pesquisa Futura Inteligência realizou uma amostra do tipo não probabilística e contemplou 1.000 entrevistas, com margem de erro de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos e confiabilidade de 95%. As entrevistas foram realizadas entre os dias 19 e 22 de agosto de 2024, por meio de técnica de abordagem CATI (entrevista telefônica assistida por computador), respeitando os critérios de aleatoriedade e das proporções populacionais de sexo, idade e estado de moradia, tendo como unidade respondente a população do Brasil com idade superior a 16 anos.

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