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Governo gaúcho pede que população evite 'turismo de desastre' em meio a enchentes no RS

Vice-governador do estado Gabriel Souza (MDB-RS) fez alerta, publicado nas redes sociais

Vista de uma rua alagada no centro histórico de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 5 de maio de 2024 (Anselmo Cunha/AFP)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 7 de maio de 2024 às 16h30.

Última atualização em 7 de maio de 2024 às 16h57.

Devido às fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul, o governo gaúcho pediu para que a população não faça "turismo de desastre". No vídeo publicado no domingo nas redes sociais do governo, o vice-governador Gabriel Souza (MDB) pede que as pessoas não se desloquem para os locais afetados pelos temporais para ver como "está a situação". Na gravação, ele ainda diz que essa ação é "completamente inadequada e condenável".

No estado gaúcho já são 90 mortos confirmados, 132 desaparecidos e 361 pessoas feridas até esta terça-feira, 7. Os temporais, que começaram em 27 de abril, ganharam força no dia 29 e já afetaram mais de 1,3 milhão de pessoas em território gaúcho, de acordo com o último boletim da Defesa Civil.

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"No meio dessa, que é a maior tragédia da história do Rio Grande do Sul , muitas mortes, dor, sofrimento. Quando a água começa a baixar, começa a surgir uma coisa completamente inadequada e condenável que é o chamado 'turismo de desastre'. Pessoas que querem ver como está a situação nas localidades atingidas se deslocam até lá e acabam atrapalhando os grupos de busca, resgate e toda a organização de apoio e suporte humanitária às pessoas que estão sofrendo", disse Souza.

"Primeira coisa que eu gostaria de pedir: Não faça turismo de desastre. Se você quer ajudar, se você quer ser voluntário, quer fazer alguma doação, quer colaborar de qualquer forma, nós precisamos muito de todas e todos neste momento", completou o vice-governador.

Mais de 155 mil pessoas estão desalojadas e outros 48 mil estão em abrigos. A marca já supera a última tragédia ambiental no estado, em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram.

As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram cerca de 650 mil pessoas sem abastecimento de água e pelo menos 451 mil pontos do estado estão sem energia elétrica.

O balanço da Defesa Civil apontou que 750.364 clientes da Corsan estão sem água, o que corresponde a 28% do público total abastecido pela instituição. Nas redes sociais, moradores de áreas afetadas afirmam que, além da falta de abastecimento, os mercados também estão com pouco ou nenhum estoque de água mineral

A capital Porto Alegre vive uma crise de abastecimento por causa dos efeitos das chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o último dia 25 de abril. Nesta segunda-feira, o prefeito da cidade, Sebastião Melo (MDB-RS), falou sobre a situação dramática que vive o município. O bloqueio de estradas e a enchente provocada pela elevação recorde do Rio Guaíba têm dificultado a chegada de doações.

790 escolas afetadas

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou que 790 escolas foram afetadas de alguma forma, seja por terem sido danificadas, seja por problema de acesso, seja por estarem servindo de abrigo para a população atingida. Ao todo, 273.155 estudantes foram impactados em 216 municípios.

Rodovias

As chuvas que atingiram o estado provocam danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Atualmente, são 95 trechos em 41 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes. As informações são do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), consolidadas com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), abrangendo também rodovias concedidas e as administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). A Secretaria de Logística e Transportes (Selt) trabalha para desobstruir as rodovias o mais rápido possível, de maneira a garantir o tráfego de veículos e pedestres.

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