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Governo endurece punições contra empresas e acusados de fomentar atos

Forças policiais apertaram cerco a grupos que estão impedindo caminhoneiros de voltar ao trabalho e a empresas que estariam por trás dos movimentos

Protestos: não há dúvidas no governo de que empresas agiram para incentivar a greve dos caminhoneiros, segundo fonte (Rodolfo Buhrer/Reuters)
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Reuters

Publicado em 30 de maio de 2018 às 21h23.

Brasília - O governo vai endurecer o discurso e a prática contra os grupos que ainda tentam manter as paralisações nas estradas e deve aumentar as prisões e os processos contra acusados de fomentar os protestos , sejam agrupamentos políticos ou empresários, disse à Reuters uma alta fonte palaciana.

A avaliação do Planalto é que nos últimos dias limites foram ultrapassados e o governo precisa reagir com rigor.

A cena de um caminhoneiro sendo arrancado da boleia de seu caminhão a socos causou profundo incômodo no Planalto e o tom da reação foi dado em entrevista nesta quarta-feira, que retirou os ministros políticos de cena e centrou na área de segurança e justiça, com os ministros Raul Jungmann, da Segurança Pública, Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, e Grace Mendonça, da Advocacia-Geral da União.

"Temos que cuidar para que a repressão não leve a reações como aconteceram em 2013, mas é preciso endurecer, sem dúvida", disse a fonte.

Nesta quarta, as forças policiais apertaram o cerco ao que o governo chama de infiltrados --grupos externos ao movimento de caminhoneiros que estariam impedindo que os motoristas voltassem ao trabalho-- e a empresas e distribuidores que estariam por trás dos movimentos.

De acordo com a fonte, não há dúvidas no governo de que houve locaute --quando as empresas agem para incentivar o movimento de trabalhadores-- e terá de haver punições.

Até agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) já autorizou a cobrança de multas de 96 empresas, em um valor inicial de 141 milhões, atualizado na noite desta quarta para 272 milhões de reais.

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