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Governo do RS quer construir quatro cidades provisórias para receber desabrigados

Em entrevista à RBS, o vice-governador Gabriel Souza afirmou que Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo devem receber estruturas

Vítimas das chuvas no RS em abrigo improvisado em centro esportivo da capital Porto Alegre no último dia 8 (Nelson Almeida/AFP)

Vítimas das chuvas no RS em abrigo improvisado em centro esportivo da capital Porto Alegre no último dia 8 (Nelson Almeida/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 16 de maio de 2024 às 14h57.

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O governo do Rio Grande do Sul planeja construir quatro cidades provisórias, localizadas em Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo. As estruturas seriam usadas para acolher as mais de 77 mil vítimas das enchentes que estão em abrigos, segundo o último boletim da Defesa Civil. A informação foi dada pelo vice-governador Gabriel Souza em entrevista à Rádio Gaúcha.

— Temos pouco tempo para montar. Logo teremos o exaurimento de alguns locais. Na semana que vem vamos iniciar a contratação. Até amanhã (sexta) vamos ter o descritivo das estruturas temporárias necessárias. É mais rápido contratar um serviço de montagem dessas estruturas. É como se fosse uma estrutura de eventos com qualificação para albergar pessoas — disse Souza.

O vice-governador acrescentou que a gestão estadual busca por "locais para a colocação rápida de estruturas provisórias com dignidade mínima".

— Teremos espaço para crianças e pets. Lavanderia coletiva. Cozinha comunitária. Dormitórios e banheiros. Isso nesse período em que as pessoas ainda necessitarão desse apoio — afirmou.

Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo foram escolhidas pelo fato de terem o maior número de desabrigados no estado.

Entre os lugares cogitados para sediarem as cidades provisórias, o vice-governador apontou o Porto Seco, em Porto Alegre, o Centro Olímpico Municipal, em Canoas, e o Parque de Eventos, em São Leopoldo.

Até o último boletim da Defesa Civil, as chuvas já deixaram 149 pessoas mortas no Rio Grande do Sul.

Prisões em abrigos

A prefeitura de Porto Alegre chegou a criar um um abrigo exclusivo, com vigilância privada, destinado a mulheres e crianças. A medida foi tomada após uma série de prisões por suspeita de estupro nos abrigos.

Com episódios de violência nesses locais, o secretário de Segurança Pública gaúcho, Sandro Caron, anunciou o reforço de 300 polícias na área de segurança. Eles são provenientes de um chamamento feito pelo governo do Estado dirigido a policiais militares que estão aposentados.

Nesta quinta-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou a abertura de um edital para chamamento de policiais civis e bombeiros militares aposentados. O reforço no efetivo será em "caráter emergencial e temporário" e empregado nas "regiões mais conflagradas em função dos eventos climáticos recentes".

— Serão 260 policiais civis que nós estamos chamando agora entre os dias 16 e 20. Está publicado o edital, para se apresentarem para nós reforçarmos as nossas estruturas de segurança nesse momento crítico, como a gente fez com a Brigada Militar também, incorporando, trazendo novamente à atividade policiais que tinham ido para a reserva. No caso dos bombeiros, serão 100 bombeiros que estaremos chamando para esta contratação em caráter emergencial e temporário para colocar força total, como a gente tem dito, na segurança especialmente nas regiões mais conflagradas em função dos eventos climáticos recentes — disse Leite.

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