Governo desiste de enviar projeto para conter violência
O governo desistiu de encaminhar ao Congresso um projeto de lei para conter a violência em protestos e vai endossar o proposta do senador Pedro Taques
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2014 às 15h49.
Brasília - O governo desistiu de encaminhar ao Congresso um projeto de lei para conter a violência em protestos e vai endossar o proposta do senador Pedro Taques (PDT-MT), que já está pronta para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado .
Após reunião com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou um acordo para que o projeto seja aprovado rapidamente, de modo que a nova legislação já esteja em vigor nos próximos dois meses.
"A ideia é trabalhar esse projeto para que ele possa produzir efeitos para a Copa do Mundo", disse Taques.
O ministro destacou que o governo tem pressa em ver aprovada uma legislação que criminaliza os abusos, tanto da parte dos manifestantes como das autoridades policiais.
"Queremos garantir a liberdade de manifestações, mas nós não queremos abusos", disse. Ele negou que o objetivo do governo seja reprimir manifestações.
"Temos de entender que prática de crimes nas manifestações tem de ser coibido e tem de ser criminalizado. Não podemos permitir que o cidadão se ocupe da manifestação para cometer crimes", concordou o senador Pedro Taques.
Entre as propostas encaminhadas pelo governo que serão absorvidas no projeto do senador está a obrigatoriedade de identificação do manifestante que usar máscara. Ao ser abordado pelo policial, o manifestante terá de se identificar, sob a pena de ser enquadrado no crime de desobediência.
Taques ressalta que seria inconstitucional proibir o uso de máscara no Brasil, mas defende o agravamento da pena para quem cometer crime utilizando de máscara com o objetivo de dificultar a identificação.
Pela proposta de Taques, haverá alterações no Código Penal, como no item que aumenta a pena de 2 para 4 anos aos cidadãos que cometerem crime de dano ao patrimônio público ou privado.
Também está previsto que o policial poderá investigar casos de depredação de patrimônio sem que seja necessária a reclamação oficial de quem sofreu o dano.
O senador pretende aumentar a punição para os crimes de homicídio e lesão corporal em protestos ou eventos com grande concentração de pessoas.
No pacote em tramitação na CCJ do Senado, Taques vai incluir a obrigatoriedade de os manifestantes informarem às autoridades sobre o percurso do protesto.
A lei de abuso de autoridade também sofrerá alterações e a tramitação seguirá em paralelo ao projeto para conter a violência em manifestações. O senador afirmou que pretende incluir na nova proposta a obrigatoriedade de filmagem das ações policiais para coibir abusos.
Brasília - O governo desistiu de encaminhar ao Congresso um projeto de lei para conter a violência em protestos e vai endossar o proposta do senador Pedro Taques (PDT-MT), que já está pronta para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado .
Após reunião com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou um acordo para que o projeto seja aprovado rapidamente, de modo que a nova legislação já esteja em vigor nos próximos dois meses.
"A ideia é trabalhar esse projeto para que ele possa produzir efeitos para a Copa do Mundo", disse Taques.
O ministro destacou que o governo tem pressa em ver aprovada uma legislação que criminaliza os abusos, tanto da parte dos manifestantes como das autoridades policiais.
"Queremos garantir a liberdade de manifestações, mas nós não queremos abusos", disse. Ele negou que o objetivo do governo seja reprimir manifestações.
"Temos de entender que prática de crimes nas manifestações tem de ser coibido e tem de ser criminalizado. Não podemos permitir que o cidadão se ocupe da manifestação para cometer crimes", concordou o senador Pedro Taques.
Entre as propostas encaminhadas pelo governo que serão absorvidas no projeto do senador está a obrigatoriedade de identificação do manifestante que usar máscara. Ao ser abordado pelo policial, o manifestante terá de se identificar, sob a pena de ser enquadrado no crime de desobediência.
Taques ressalta que seria inconstitucional proibir o uso de máscara no Brasil, mas defende o agravamento da pena para quem cometer crime utilizando de máscara com o objetivo de dificultar a identificação.
Pela proposta de Taques, haverá alterações no Código Penal, como no item que aumenta a pena de 2 para 4 anos aos cidadãos que cometerem crime de dano ao patrimônio público ou privado.
Também está previsto que o policial poderá investigar casos de depredação de patrimônio sem que seja necessária a reclamação oficial de quem sofreu o dano.
O senador pretende aumentar a punição para os crimes de homicídio e lesão corporal em protestos ou eventos com grande concentração de pessoas.
No pacote em tramitação na CCJ do Senado, Taques vai incluir a obrigatoriedade de os manifestantes informarem às autoridades sobre o percurso do protesto.
A lei de abuso de autoridade também sofrerá alterações e a tramitação seguirá em paralelo ao projeto para conter a violência em manifestações. O senador afirmou que pretende incluir na nova proposta a obrigatoriedade de filmagem das ações policiais para coibir abusos.