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Governo de SP fará leilão do trem de São Paulo a Campinas e da linha 7-rubi nesta quinta

Trem intercidades inclui três projetos, deve custar R$ 13 bilhões; velocidade poderá chegar a 140 km/h

Trem da CPTM: linha 7-rubi foi leiloada nesta quinta (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 06h01.

Última atualização em 29 de fevereiro de 2024 às 09h06.

O governo de São Paulo realiza nesta quinta-feira, 29, o leilão de um principais projetos de transporte do país dos últimos anos: a construção de uma linha detrem para levar passageirosde Campinas a São Paulo.

Quem levar o contrato também vai assumir a operação da linha 7-rubi da CPTM, que atualmente liga Jundiaí ao Brás, passando pela zona norte de São Paulo e várias cidades da região metropolitana. O governo estima que o trem expresso poderá atender até 61,2 mil passageiros por dia, em sua capacidade máxima. Já os outros dois serviços devem transportar 632 mil viajantes por dia.

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O custo total do contrato é de R$ 13,5 bilhões, mas o total a ser gasto pelo governo pode baixar de acordo com os descontos dados no leilão. O certame será realizado na B3, em São Paulo, a partir das 15h. Os envelopes com propostas serão aceitos até 15h15. A participação é aberta a empresas nacionais e estrangeiras. Vencerá a disputa quem oferecer maior desconto sobre a contraprestação e o aporte máximo, valores a serem pagos pelo governo estadual para a construção da obra.

Mapa do projeto do trem intercidades (Arte/Exame)

A primeira etapa será o desconto sobre a contraprestação, cujo valor total é de R$ 8,06 bilhões. Caso duas ou mais propostas ofereçam 100% sobre este valor, o leilão terá uma segunda etapa, em que vencerá quem der o maior desconto sobre o valor de aporte, de R$ 8,9 bilhões. Em caso de empate após as fases, o vencedor será definido por sorteio. A empresa ou consórcio vencedor terá de prestar uma garantia de R$ 134,8 milhões, ou 1% do valor do contrato.

Contraprestação é o nome dos pagamentos anuais que o governo fará para a empresa vencedora, que serão feitos por 30 anos após o início da operação.

Embora o traçado já tenha trilhos, será preciso eletrificar o trecho entre Campinas e Jundiaí e fazer alterações ao longo do caminho, como remanejar o pátio de trens da Lapa. Também será feita uma nova linha férrea paralela, para o transporte de cargas. Este ramal será construído pela MRS, que fez um acordo em 2022 e terá de terminá-lo até 2029.

Como será o trem Intercidades

O projeto tem três partes diferentes: um trem expresso (TIC) ligando Campinas até a estação Barra Funda, em São Paulo, um trem metropolitano (TIM) para conectar Jundiaí a Campinas, com paradas em Valinhos, Vinhedo, Louveira e Jundiaí, e a atual linha 7-rubi da CPTM. O vencedor do leilão passará a operar os três serviços.

O TIC, de São Paulo a Campinas, terá velocidade média de 95 km/h, podendo chegar a 140 km/h. O trajeto será de 101 km, com parada em Jundiaí. Com isso, a viagem de ponta a ponta deve durar 64 minutos.

A tarifa máxima do TIC foi estipulada em R$ 64, mas o valor vai sofrer correções pela inflação até o ano de entrada em operação, prevista para 2031. Antes, em 2029, deve ficar pronto o TIM, serviço com paradas, que conectará Jundiaí a Campinas.

A linha 7-rubi, de São Paulo a Jundiaí, já está em operação e passará por obras de melhoria. No entanto, o ramal será encurtado: passará a ir apenas até a Barra Funda, sendo que hoje há uma ligação direta até a região do ABC, por uma conexão com a linha 10-turquesa. Na prática, é possível ir de Jundiaí a Rio Grande da Serra sem trocar de trem.

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