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Golpe do bilhete premiado: polícia prende 23 suspeitos; prejuízo estimado é de R$ 1 milhão

Outras cinco pessoas que já estavam detidas no sistema prisional respondem pelo crime

Golpe do bilhete premiado: a delegada da 3ª DP de Canoas (RS), Luciane Bertoletti, disse que entre os detidos, estão os líderes dessa quadrilha (PCRS/Divulgação)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 7 de maio de 2023 às 16h57.

Vinte e três pessoas foram presas na manhã deste domingo, 7, suspeitas de aplicar o golpe do bilhete premiado em quatro estados do Brasil. As prisões ocorreram no Rio Grande do Sul, com 18 presos, Santa Catarina (1), Paraná (3) e Espírito Santo (1). Além disso, outras cinco pessoas que já estavam detidas no sistema prisional respondem pelo crime.

No Rio Grande do Sul, agentes da Polícia Civil cumpriram mandados de prisão e busca e apreensão nos municípios de Passo Fundo, Caxias do Sul e Farroupilha. Em Santa Catarina as ações ocorreram em Itajaí, Camboriú e Balneário Camboriú. Já no Paraná foram cumpridos mandados em Pinhais, São José dos Pinhais e no município de Colombo. Em Vila Velha, no Espírito Santo, policiais civis também realizaram uma prisão.

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Ao Estadão, a delegada da 3ª DP de Canoas (RS), Luciane Bertoletti, disse que entre os detidos, estão os líderes dessa quadrilha. "As ações de hoje resultaram em 23 suspeitos detidos, sendo que 5 em Caxias do Sul e 13 em Passo Fundo, cidade a qual é considerada pela polícia como o 'berço do bilhete premiado'", afirmou. Segundo ela, os estelionatários, têm até "escolas", onde ensinam os interessados a praticar o crime.

Como funciona o golpe do bilhete premiado?

De acordo com ela, o golpe "consiste em fazer com que a vítima, geralmente idosa, acredite estar diante de uma oportunidade de se tornar um milionário e é convencida" pelos criminosos. A vítima é abordada em via pública e o estelionatário se passa por uma pessoa humilde, que tem um bilhete premiado em mãos. Em seguida, outros golpistas aparecem em cena, simulam ajuda e confirmam o suposto bilhete como verdadeiro.

Depois, os bandidos simulam telefonema para o gerente de uma agencia bancária, que confirma o suposto bilhete como verdadeiro. Na sequência, convencem a vítima a transferir valores e entregar cartões para o falso vencedor, como garantia para o recebimento do prêmio. A vítima, inocentemente, acredita que irá ficar com parte da premiação. O crime geralmente ocorre perto de bancos.

As investigações tiveram início em 2021, quando mais de 20 vítimas, a maioria idosos, caíram no golpe do bilhete premiado. A Polícia Civil gaúcha estima prejuízo de cerca de R$ 1 milhão. Os detidos serão enquadrados nos crimes de estelionato e associação criminosa.

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