Genoino passará por nova perícia médica no próximo sábado
Com base no resultado, o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, vai decidir se Genoino continuará em prisão domiciliar ou retornará ao Presídio da Papuda
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2014 às 20h12.
Brasília -O ex-deputado José Genoino, condenado a quatro anos e oito meses de prisão na Ação Penal 470, o processo do mensalão , vai passar por nova perícia médica, no sábado (12), às 14h, no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal.
Com base no resultado da perícia, que será feita por uma equipe médica do Hospital Universitário de Brasília (HUB), o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa , vai decidir se Genoino continuará em prisão domiciliar ou retornará ao Presídio da Papuda, no Distrito Federal.
Genoino teve prisão decretada em novembro do ano passado e chegou a ser levado para a Penitenciária da Papuda. Mas, por determinação de Barbosa, ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar temporária. Durante o período em que ficou na Papuda, o ex-deputado passou mal e foi levado para um hospital particular.
O advogado do ex-parlamentar, Luiz Fernando Pacheco, defende que ele cumpra prisão domiciliar definitiva. De acordo com o advogado, Genoino é portador de cardiopatia grave e não tem condições de cumprir a pena em um presídio, por ser “paciente idoso, vítima de dissecção da aorta”. Segundo Pacheco, o sistema penitenciário não tem condições de oferecer tratamento médico adequado ao ex-parlamentar.
No dia 4 deste mês, a Câmara dos Deputados rejeitou o pedido de aposentadoria por invalidez, apresentado por Genoino. Com a decisão da Câmara, o ex-parlamentar deixou de receber o benefício integral de R$ 26,7 mil pagos aos parlamentares no exercício do mandato. No entanto, continua a receber aposentadoria por tempo de contribuição, no valor de R$ 20 mil por mês.
No laudo divulgado hoje (10), uma junta formada por quatro médicos concluiu, depois de analisar exames médicos complementares solicitados. que ele não é portador de invalidez que o impossibilite de trabalhar.
Ricardo Lewandowski Contexto: Os ministros se desentenderam quando julgavam se uma denúncia contra Anthony Garotinho ficaria com o STF ou deveria ser remetida à primeira instância. Gilmar Mendes apontou que Lewandowski já havia votado em sentido contrário uma vez, o que acarretou a discussão. Embora o processo não seja o do mensalão, a discussão só ocorreu devido aos desentendimentos prévios do outro processo.
Gilmar Mendes Apaziguador:
“Nós temos ditos aqui que este contraditório é também saudável. Aqui ninguém diminui ninguém intelectualmente. Não houve essa intenção”
Carlos Ayres Britto, se dirigindo a Lewandowski
Joaquim Barbosa Contexto: Lewandowski não via razão para condenar o ex-assessor do PTB Emerson Palmieri, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Barbosa irritou-se com a posição do revisor, alegando que havia provas documentais.
Ricardo Lewandowski 3º Participante:
“Ministro (Joaquim), somos 11 juízes. Ninguém faz vista grossa. Cuidado com as palavras. Vamos respeitar os colegas. O senhor não está respeitando. Policie a sua linguagem”
Marco Aurélio Mello., se dirigindo a Barbosa Apaziguador:
“Ministro Joaquim, os fatos comportam leituras. O Ministro Lewandowski esta fazendo uma leitura dos fatos”
Carlos Ayres Britto, presidente da Corte
Joaquim Barbosa Contexto: O revisor explicava porque havia absolvido a ré Geiza Dias, ex-funcionária de Marcos Valério, e indicou que era importante contrapor “a cada argumento da acusação” o “argumento da defesa”, o que deu início a discussão.
Ricardo Lewandowski Apaziguador:
"Vossa Excelência (Lewandowski) tem a palavra na plenitude do seu direito de fazer o seu voto de revisor. Todos nós somos beneficiários do modo cuidadoso, competente e soberano como Vossas Excelências (Barbosa e Lewandowski ) têm conduzido esta ação penal 470"
Carlos Ayres Britto
Joaquim Barbosa Apaziguador:
“Cada um julgará de acordo com sua própria metodologia”
Carlos Ayres Britto
Joaquim Barbosa Contexto: O primeiro desentendimento entre Barbosa e Lewandowski ocorreu já no primeiro dia do julgamento. O relator irritou-se depois de Lewandowski se pronunciar a favor do pedido de um dos advogados de defesa, que iria acarretar no desmembramento do processo, que voltaria então à primeira instância para a maioria dos réus.
Ricardo Lewandowski Apaziguador:
“Vamos discutir ideias, não deixando a discussão descambar para o campo pessoal”
Marco Aurélio Mello