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General não quer "nova Comissão da Verdade" em intervenção no RJ

Comissão da Verdade, criada no governo Dilma, investiga crimes de tortura e morte praticados por militares durante a ditadura e foi citada por Villas Bôas

O comandante-geral do Exército, general Eduardo Villas Bôas (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Luiza Calegari

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 10h18.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2018 às 10h26.

São Paulo - O general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército , disse que os militares precisam de "garantia para agir sem o risco de surgir uma nova Comissão da Verdade" no futuro.

Segundo o G1, a fala foi proferida na reunião com o Conselho da República na manhã de ontem, um encontro para definir as diretrizes da intervenção federal no Rio de Janeiro anunciada pelo presidente Michel Temer.

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Durante o governo de Dilma Rousseff, foi criada a Comissão da Verdade para investigar casos de tortura e morte por parte dos militares durante o período da ditadura.

Foi a primeira iniciativa oficial do governo para trazer à luz esse tipo de crime, que é julgado hoje pela Justiça Militar.

Mandados coletivos

Após a reunião, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, comentou a medida mais polêmica da intervenção, os mandados coletivos para ruas e até bairros inteiros no Rio.

Ele garantiu que os mandados irão tratar de operações de busca de apreensão, "e não de captura, que constitucionalmente só podem ser individuais".

"Isso é uma ordem judicial que já foi empregada outras vezes no Rio de Janeiro e estamos peticionando que volte a ser utilizada em alguns lugares. Em lugar de você colocar rua tal, quadra tal [no mandado], você vai dizer uma rua inteira, uma área ou um bairro. Em lugar de ser uma casa pode ser uma comunidade, um bairro. Isso tudo com a máxima transparência, com a participação do Ministério Público e obviamente que só podemos fazê-lo se tivermos uma ordem judicial para tanto", explicou o ministro.

(com agências de notícias)

 

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